Prazer.
Deitar na cama e escorregar os pés descalços no lençol.
"Um caminho que se percorre não com pernas, mas com coração. E onde o único desafio que vale, é percorrê-lo por inteiro."
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Quereres - quero e quero já
Sempre que começa um ano novo, eu procuro fazer uma lista de objetivos e coisas a realizar neste período curto de 12 meses. E infelizmente, normalmente acabo percebendo que consigo apenas realizar a metade da extensa lista.
O ano de 2008 para mim foi uma confusão geral. Foi o o ano que tinha TUDO para dar certo. Foi o ano em que eu comecei um milhão de planos, cheia de alegria. Porém, por conta do destino esses planos foram sendo tirados de mim: um por um. E acabou que fiquei meio insatisfeita.
Em troca desses planos arrancados, outras coisas muito interessantes surgiram para salvar meu ano (não vou citar aqui por serem coisas demais pessoais que só interessam a mim mesma e a mais ninguém).
Diria que 2008 foi um ano regular.
Frustrado para meus planos, mais com surpresas saborosas brotando aos poucos.
Quero muito mais de 2009.
________________________________________________________
Quero planos concretos realizados. E quero surpresas fortes.
Quero novidade. Quero vida.
Quero força.
Quero um grande foco e as bençãos de dionisio sob mim.
Quero ligação e quero energia.
Como gritaria um antigo diretor muito especial : '' Vamos lá gente! VOLUME! ENERGIA! ''
Quero muitas leituras.
Quero muito aprendizado.
Quero muito texto a decorar.
Quero muitos personagens pra entender.
Quero pernas para correr, voz para gritar.
Um travesseiro pra sonhar.
Uma realidade a transformar.
Pessoas pra comungar.
Cérebro pra lavar.
Corpo pra movimentar.
O impossível pra realizar.
Quero do gosto experimentar, da textura sentir.
Quero os sentidos abertos, os olhos fechados e a cor a sair.
Quero a disposição de todos. Quero indivíduos abertos ao meu redor.
Um ar pra respirar e um motivo pra existir.
O ano de 2008 para mim foi uma confusão geral. Foi o o ano que tinha TUDO para dar certo. Foi o ano em que eu comecei um milhão de planos, cheia de alegria. Porém, por conta do destino esses planos foram sendo tirados de mim: um por um. E acabou que fiquei meio insatisfeita.
Em troca desses planos arrancados, outras coisas muito interessantes surgiram para salvar meu ano (não vou citar aqui por serem coisas demais pessoais que só interessam a mim mesma e a mais ninguém).
Diria que 2008 foi um ano regular.
Frustrado para meus planos, mais com surpresas saborosas brotando aos poucos.
Quero muito mais de 2009.
________________________________________________________
Quero planos concretos realizados. E quero surpresas fortes.
Quero novidade. Quero vida.
Quero força.
Quero um grande foco e as bençãos de dionisio sob mim.
Quero ligação e quero energia.
Como gritaria um antigo diretor muito especial : '' Vamos lá gente! VOLUME! ENERGIA! ''
Quero muitas leituras.
Quero muito aprendizado.
Quero muito texto a decorar.
Quero muitos personagens pra entender.
Quero pernas para correr, voz para gritar.
Um travesseiro pra sonhar.
Uma realidade a transformar.
Pessoas pra comungar.
Cérebro pra lavar.
Corpo pra movimentar.
O impossível pra realizar.
Quero do gosto experimentar, da textura sentir.
Quero os sentidos abertos, os olhos fechados e a cor a sair.
Quero a disposição de todos. Quero indivíduos abertos ao meu redor.
Um ar pra respirar e um motivo pra existir.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Quatro coisas
Quatro coisas sobre mim, que pode ser que você saiba ou não, em nenhuma ordem especial.
Quatro trabalhos que tive em minha vida:
1. secretária de imobiliária
2. professora de teatro
3. atriz
4. palhaça
Quatro lugares em que vivi:
1. Minha casa antiga
2. Praia Grande
3. Casa da minha prima
4. Águas de lindoia
Programas de TV que assistia quando criança:
1. Chiquititas
2. Castelo Rá Tim Bum
3. Cavaleiros do Zodiaco
4. Cavalo de Fogo
Programas de TV que assisto:
1. HBO / HBO2 - para ver os pedaços que eu perdi
2. Miame Ink, troca de familias, extreme makeover - esses do people and arts
3. O Maravilhoso mundo de Disney
4. canal Brasil
Quatro lugares que estive e voltaria:
01. o skycoaster do hopi hari
02. cachoeiras perdidas
03. alguns palcos e algumas platéias...
04. Nordestina
Formas diferentes que me chamam:
01. Lívia
02. Lica
03. Xuxu
04. Primona
Quatro pessoas que te mandam e-mails todos os dias (ou quase):
01. o site vista-se
02. a primona
03. convites para espétáculos e workshops
04. vírus e gente convidando pra bailes funks etc... ¬¬
Quatro comidas favoritas:
01. Yakisoba Vegetariano
02. Macarrão da minha vó
03. pizza do glória, pizza de frigideira
04. arroz, feijão, hamburguer de soja, pepino, repolho, tomate e beringela.
Quatro lugares em que desejaria estar agora:
01. No teatro municipal de São Paulo!
02. Em uma viagem.
03. No topo de alguma montanha.
04. Procurando Wally
* Eu recebi isto por e-mail já faz algum tempo. Se você gostou, apague todas as minhas respostas e escreva as suas. Depois, envie isto para quem você quiser, e retorne para quem te enviou. Na teoria, você ficará sabendo um pouco mais sobre as pessoas que você conhece.*
Quatro trabalhos que tive em minha vida:
1. secretária de imobiliária
2. professora de teatro
3. atriz
4. palhaça
Quatro lugares em que vivi:
1. Minha casa antiga
2. Praia Grande
3. Casa da minha prima
4. Águas de lindoia
Programas de TV que assistia quando criança:
1. Chiquititas
2. Castelo Rá Tim Bum
3. Cavaleiros do Zodiaco
4. Cavalo de Fogo
Programas de TV que assisto:
1. HBO / HBO2 - para ver os pedaços que eu perdi
2. Miame Ink, troca de familias, extreme makeover - esses do people and arts
3. O Maravilhoso mundo de Disney
4. canal Brasil
Quatro lugares que estive e voltaria:
01. o skycoaster do hopi hari
02. cachoeiras perdidas
03. alguns palcos e algumas platéias...
04. Nordestina
Formas diferentes que me chamam:
01. Lívia
02. Lica
03. Xuxu
04. Primona
Quatro pessoas que te mandam e-mails todos os dias (ou quase):
01. o site vista-se
02. a primona
03. convites para espétáculos e workshops
04. vírus e gente convidando pra bailes funks etc... ¬¬
Quatro comidas favoritas:
01. Yakisoba Vegetariano
02. Macarrão da minha vó
03. pizza do glória, pizza de frigideira
04. arroz, feijão, hamburguer de soja, pepino, repolho, tomate e beringela.
Quatro lugares em que desejaria estar agora:
01. No teatro municipal de São Paulo!
02. Em uma viagem.
03. No topo de alguma montanha.
04. Procurando Wally
* Eu recebi isto por e-mail já faz algum tempo. Se você gostou, apague todas as minhas respostas e escreva as suas. Depois, envie isto para quem você quiser, e retorne para quem te enviou. Na teoria, você ficará sabendo um pouco mais sobre as pessoas que você conhece.*
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Feliz Natal !
domingo, 21 de dezembro de 2008
Num asilo de São Paulo...
Quantas pessoas você ajudou esse ano?
O que você fez pra uma pessoa que tenha menos recursos que você?
O que você espera da sua velhice?
Este ano pela primeira vez na minha vida eu visitei um asilo. Fui junto com o Colégio Pentágono e o ''Papai Noel''. As crianças do colégio particular levaram alguns presentes para os velhinhos carentes, mas o que eles mais gostavam não era os presentes. Eram os sorrisos, os abraços, os toques e as palavras.
Quando eu entrei fiquei chocada. Tantos velhinhos com pouca consciência indo pra cima de você. Sedentos por atenção. Uma palavra, um olhar.
No começo eu me assustei. Estava com medo deles. Eles eram humanos tão diferentes e peculiares. Simplesmente estranhos. Não tinham mais muita noção de nada.
Mas aos poucos fui me soltando e conversando com eles.
Várias vezes eu simplesmente, diante de alguns casos peculiares, segurava as lágrimas e ia pra algum cantinho isolado chorar.
Afinal, o que mais essas pessoas podem esperar da vida?
Elas ficam muitas vezes sozinhas, esperando a hora de comer, do banho e de dormir. Toda a vida já ficou pra trás. Esperando quem sabe a morte chegar.
Eu como atriz, não pude também deixar de reparar a quantidade de personagens extraordinários que havia ali. Todos com seus trejeitos e suas histórias para contar.
Observei e escutei muito. Abracei e troquei experiências.
Foi realmente intenso pra mim.
Eu estava ajudando a servir frutas para os velhinhos quando ouvi um choro muito intenso. Parecia um choro de bebê. Mas havia algo perturbador naquele som. Afinal, eu sabia que não poderia ser de um bebê, e era tão desesperador que fiquei até com medo de procurar de quem era. Foi talvez o caso que mais me chocou. Quando comecei a procurar dei de cara com essa senhora da foto, deitada em sua cama e gritando igual a um bebê.
Morrendo de medo eu chamei a enfermeira e ela disse: '' Não se preocupe não! É Normal! ''
Logo descobri que essa senhora era chamada de Xuxinha. Ela não podia se levantar, pois tinha os movimentos muito limitados, então passava a vida toda na cama. Essa senhora a muito tempo já perdera a consciência. Ela apenas fica deitada enquanto as pessoas colocam papinha na sua boca, e a limpam com panos úmidos todos os dias. Ela mal consegue abrir os olhos.
Sobre movimentos ela faz apenas um: leva sua mão até o rosto e retorna pra segurar a barra de segurança da cama (como na foto). E ela realiza esse movimento repetidamente e incansavelmente. É meio decadente de se ver. E ela chora. Então a enfermeira levantou sua camisola e esfregou a barriga dela com as mãos. Imediatamente o choro de bebe se transformou em uma risadinha de criança. E essa é a vida da Xuxinha, que já tem essa rotina no asilo há mais de vinte anos.
Quando a via não aguentei. Fiquei alguns minutos no banheiro enxugando as lágrimas.
Essa outra senhora da foto não me recordo o nome, mas me chamou atenção na hora de comer sua sobremesa: mamão amassadinho. Em sua cadeira de rodas, ela não parecia muito consciente. Na realidade me recordou muito um personagem de teatro, talvez do grupo Lume.
Sua fruta já havia acabado há muito tempo, mas ela continua fazendo o movimento de pegar a fruta com a colher enquanto se projetava para frente e para trás na sua cadeira de rodas.
Ela não falava, e tinha o olhar fixo no seu potinho. E tentava sem parar pegar um alimento inexistente ou invisível do potinho de sobremesas.
Já este dois velhinhos desta foto, estavam quietos e isolados num canto do asilo. Decidi ir lá conversar com eles.
Eu cumprimentei e abracei primeiro a senhora de rosto manchado, que retribuiu feliz com um sorriso. Ela tinha um ''tique'' de sempre ir pra frente e pra trás na sua cadeira, e também de esfregar as duas mãos enquanto fala. É perceptível que ela tem uma grande dificuldade em juntas as palavras para formar uma frase coerente. Quando cumprimentei o senhor japonês, ele só me estendeu a mão com bastante dificuldade, e eu disse: '' Boa tarde! Tudo bem com o senhor? ''. Mas pelo jeito ela já não conseguia mais falar, e começou a resmungar muito e com muita intensidade. Era óbvio que ele tentava falar, e queria muito se comunicar, mas não era possível entendê-lo.
A senhora ao lado, vendo que eu não entendia me deu um olhar do tipo '' Melhor deixar ele. Coitado. Essa é a nossa vida.''
Então comecei a conversar com a senhora. Ela tinha bastante dificuldade pra conversar, e se concentrava muito, mas mesmo assim era possível dialogar com ela. Ela me contou sobre sua vida. Trabalhava em uma fábrica de tecidos, e me contou muito sobre seu serviço: ela adorava. Seu marido já havia falecido, e ela estava neste asilo a nada mais nada menos que 30 anos. Ela me contou que tinha 5 filhos: 3 meninos e 2 meninas. Eu perguntei o nome dos filhos, mas ela não soube responder, disse que já tinha esquecido. Mas que tinha certeza que uma de suas filhas se chamava Eliana. Eu brinquei com ela, falando que era o mesmo nome da cantora e apresentadora Eliana. Ela então se confundiu, e eu ouvi ela contar pro outro senhor que a sua filha era cantora e apresentadora de TV.
Este senhor tinha os membros inferiores amputados e também não se comunicava muito bem verbalmente. Mas trazia algo em seu olhar que comunica uma criança dentro dele.
Muito alegre de nos receber, na cabeceira de sua cama guardava uma foto de ''Feliz 2006!'' onde ele e o Papai Noel haviam tirado uma foto juntos. A foto estava empoeirada num pequeno porta retrato, mas ele sorria ao olhar para nós e devolver o olhar para a foto. Ele era caminhoneiro. Havia passava metade de sua vida dirigindo na estrada. Contava com dificuldade, mas com muita alegria. Ele pediu para nós um radinho de pilha para ele ouvir suas músicas de caminhoneiro. Perguntei para a enfermeira se poderia comprar um rádio para ele e deixar lá. Ela me disse que ele já tem o rádio, mas que quando fica nervoso ele sempre o joga contra a parede, então pediu para que não comprássemos o tal radinho. Também pudera, quem não ficaria com vontade de jogar um rádio na parede tento as duas pernas amputadas e vivendo na cama de um asilo dia após dia?
Essa senhora era realmente uma digna princesa. Da foto não dá pra ver muito bem, mas sua marca registrada é uma coroinha prateada que usa todos os dias. Diferente dos outros acima ela até que tem boa saúde e consciência. Quando tirei esta foto ela estava cantando e dançando para as visitas, para mostrar o quanto de alegria de viver ela ainda tem.
Suas roupas são todas coloridas, e sua risada é reconhecível a distância.
Este senhor poderia ser um bebê se não fosse pelos seus 80 anos de idade.
Ele tem um quê de quem vê tudo pela primeira vez. Muito interessado em tudo, ficou simplesmente encantado quando mostrei sua foto na câmera digital.
Soltou uma risada fraquinha.
Ele carrega sempre esse olhar. Meio espantado e admirado com as coisas.
Ele olha dessa forma para uma foto digital, para seu café da manhã, para sua cama e para suas roupas.
Como se fosse tudo uma impressionante novidade.
Esta foi a ultima com quem eu conversei.
Ela é simplesmente extraordinária! Foi a senhora que eu passei mais tempo conversando.
Ela está no asilo há mais de 30 anos, é solteira e não tem filhos.
Ela diz que nunca se casou porque nunca quis se casar e ''só''.
Muito simpática, gostava muito de receber beijinhos e abraços. Quando eu mostrei a foto da câmera pra ela, ela se assustou e disse: ''Nossa! Como eu estou velha!''. Eu brinquei com ela e disse: '' Velha nada! A senhora tá ficando é cada vez mais bonita! ''
Esses são apenas alguns casos das centenas que conheci no asilo em que visitei. Haviam (a maioria) os que amavam os presentinhos dados pelas crianças: dois pares de meias e um potinho de talco (presente requisitado pelos enfermeiros), e haviam também os que não gostavam, não queriam conversar e eram mal humorados: esses não podíamos forçar a barra.
Muitos dos velhinhos estavam lá desde que o asilo abriu há cinquenta anos e muitos muitos mesmo nos agarravam implorando por balas (diabéticos) e por alguns cigarros.
Eu não parava de pensar que estas pessoas eram pessoas comuns. Caminhoneiros, jogadores de futebol (campeão do São Paulo que ama ler Agatha Christie), donas de casal, viúvas e trabalhadores regulares. Não podia deixar de pensar que talvez eles nunca tivessem imaginado esse fim pra suas vidas. E quem me garante que esse não será um fim futuro pra minha vida?
Incrível foi ver o modo como as crianças do Pentágono interagiam com os velhinhos: sem medo algum, demonstrando muito interesse e alegria.
O que você fez pra uma pessoa que tenha menos recursos que você?
O que você espera da sua velhice?
Este ano pela primeira vez na minha vida eu visitei um asilo. Fui junto com o Colégio Pentágono e o ''Papai Noel''. As crianças do colégio particular levaram alguns presentes para os velhinhos carentes, mas o que eles mais gostavam não era os presentes. Eram os sorrisos, os abraços, os toques e as palavras.
Quando eu entrei fiquei chocada. Tantos velhinhos com pouca consciência indo pra cima de você. Sedentos por atenção. Uma palavra, um olhar.
No começo eu me assustei. Estava com medo deles. Eles eram humanos tão diferentes e peculiares. Simplesmente estranhos. Não tinham mais muita noção de nada.
Mas aos poucos fui me soltando e conversando com eles.
Várias vezes eu simplesmente, diante de alguns casos peculiares, segurava as lágrimas e ia pra algum cantinho isolado chorar.
Afinal, o que mais essas pessoas podem esperar da vida?
Elas ficam muitas vezes sozinhas, esperando a hora de comer, do banho e de dormir. Toda a vida já ficou pra trás. Esperando quem sabe a morte chegar.
Eu como atriz, não pude também deixar de reparar a quantidade de personagens extraordinários que havia ali. Todos com seus trejeitos e suas histórias para contar.
Observei e escutei muito. Abracei e troquei experiências.
Foi realmente intenso pra mim.
Eu estava ajudando a servir frutas para os velhinhos quando ouvi um choro muito intenso. Parecia um choro de bebê. Mas havia algo perturbador naquele som. Afinal, eu sabia que não poderia ser de um bebê, e era tão desesperador que fiquei até com medo de procurar de quem era. Foi talvez o caso que mais me chocou. Quando comecei a procurar dei de cara com essa senhora da foto, deitada em sua cama e gritando igual a um bebê.
Morrendo de medo eu chamei a enfermeira e ela disse: '' Não se preocupe não! É Normal! ''
Logo descobri que essa senhora era chamada de Xuxinha. Ela não podia se levantar, pois tinha os movimentos muito limitados, então passava a vida toda na cama. Essa senhora a muito tempo já perdera a consciência. Ela apenas fica deitada enquanto as pessoas colocam papinha na sua boca, e a limpam com panos úmidos todos os dias. Ela mal consegue abrir os olhos.
Sobre movimentos ela faz apenas um: leva sua mão até o rosto e retorna pra segurar a barra de segurança da cama (como na foto). E ela realiza esse movimento repetidamente e incansavelmente. É meio decadente de se ver. E ela chora. Então a enfermeira levantou sua camisola e esfregou a barriga dela com as mãos. Imediatamente o choro de bebe se transformou em uma risadinha de criança. E essa é a vida da Xuxinha, que já tem essa rotina no asilo há mais de vinte anos.
Quando a via não aguentei. Fiquei alguns minutos no banheiro enxugando as lágrimas.
Essa outra senhora da foto não me recordo o nome, mas me chamou atenção na hora de comer sua sobremesa: mamão amassadinho. Em sua cadeira de rodas, ela não parecia muito consciente. Na realidade me recordou muito um personagem de teatro, talvez do grupo Lume.
Sua fruta já havia acabado há muito tempo, mas ela continua fazendo o movimento de pegar a fruta com a colher enquanto se projetava para frente e para trás na sua cadeira de rodas.
Ela não falava, e tinha o olhar fixo no seu potinho. E tentava sem parar pegar um alimento inexistente ou invisível do potinho de sobremesas.
Já este dois velhinhos desta foto, estavam quietos e isolados num canto do asilo. Decidi ir lá conversar com eles.
Eu cumprimentei e abracei primeiro a senhora de rosto manchado, que retribuiu feliz com um sorriso. Ela tinha um ''tique'' de sempre ir pra frente e pra trás na sua cadeira, e também de esfregar as duas mãos enquanto fala. É perceptível que ela tem uma grande dificuldade em juntas as palavras para formar uma frase coerente. Quando cumprimentei o senhor japonês, ele só me estendeu a mão com bastante dificuldade, e eu disse: '' Boa tarde! Tudo bem com o senhor? ''. Mas pelo jeito ela já não conseguia mais falar, e começou a resmungar muito e com muita intensidade. Era óbvio que ele tentava falar, e queria muito se comunicar, mas não era possível entendê-lo.
A senhora ao lado, vendo que eu não entendia me deu um olhar do tipo '' Melhor deixar ele. Coitado. Essa é a nossa vida.''
Então comecei a conversar com a senhora. Ela tinha bastante dificuldade pra conversar, e se concentrava muito, mas mesmo assim era possível dialogar com ela. Ela me contou sobre sua vida. Trabalhava em uma fábrica de tecidos, e me contou muito sobre seu serviço: ela adorava. Seu marido já havia falecido, e ela estava neste asilo a nada mais nada menos que 30 anos. Ela me contou que tinha 5 filhos: 3 meninos e 2 meninas. Eu perguntei o nome dos filhos, mas ela não soube responder, disse que já tinha esquecido. Mas que tinha certeza que uma de suas filhas se chamava Eliana. Eu brinquei com ela, falando que era o mesmo nome da cantora e apresentadora Eliana. Ela então se confundiu, e eu ouvi ela contar pro outro senhor que a sua filha era cantora e apresentadora de TV.
Este senhor tinha os membros inferiores amputados e também não se comunicava muito bem verbalmente. Mas trazia algo em seu olhar que comunica uma criança dentro dele.
Muito alegre de nos receber, na cabeceira de sua cama guardava uma foto de ''Feliz 2006!'' onde ele e o Papai Noel haviam tirado uma foto juntos. A foto estava empoeirada num pequeno porta retrato, mas ele sorria ao olhar para nós e devolver o olhar para a foto. Ele era caminhoneiro. Havia passava metade de sua vida dirigindo na estrada. Contava com dificuldade, mas com muita alegria. Ele pediu para nós um radinho de pilha para ele ouvir suas músicas de caminhoneiro. Perguntei para a enfermeira se poderia comprar um rádio para ele e deixar lá. Ela me disse que ele já tem o rádio, mas que quando fica nervoso ele sempre o joga contra a parede, então pediu para que não comprássemos o tal radinho. Também pudera, quem não ficaria com vontade de jogar um rádio na parede tento as duas pernas amputadas e vivendo na cama de um asilo dia após dia?
Essa senhora era realmente uma digna princesa. Da foto não dá pra ver muito bem, mas sua marca registrada é uma coroinha prateada que usa todos os dias. Diferente dos outros acima ela até que tem boa saúde e consciência. Quando tirei esta foto ela estava cantando e dançando para as visitas, para mostrar o quanto de alegria de viver ela ainda tem.
Suas roupas são todas coloridas, e sua risada é reconhecível a distância.
Este senhor poderia ser um bebê se não fosse pelos seus 80 anos de idade.
Ele tem um quê de quem vê tudo pela primeira vez. Muito interessado em tudo, ficou simplesmente encantado quando mostrei sua foto na câmera digital.
Soltou uma risada fraquinha.
Ele carrega sempre esse olhar. Meio espantado e admirado com as coisas.
Ele olha dessa forma para uma foto digital, para seu café da manhã, para sua cama e para suas roupas.
Como se fosse tudo uma impressionante novidade.
Esta foi a ultima com quem eu conversei.
Ela é simplesmente extraordinária! Foi a senhora que eu passei mais tempo conversando.
Ela está no asilo há mais de 30 anos, é solteira e não tem filhos.
Ela diz que nunca se casou porque nunca quis se casar e ''só''.
Muito simpática, gostava muito de receber beijinhos e abraços. Quando eu mostrei a foto da câmera pra ela, ela se assustou e disse: ''Nossa! Como eu estou velha!''. Eu brinquei com ela e disse: '' Velha nada! A senhora tá ficando é cada vez mais bonita! ''
Esses são apenas alguns casos das centenas que conheci no asilo em que visitei. Haviam (a maioria) os que amavam os presentinhos dados pelas crianças: dois pares de meias e um potinho de talco (presente requisitado pelos enfermeiros), e haviam também os que não gostavam, não queriam conversar e eram mal humorados: esses não podíamos forçar a barra.
Muitos dos velhinhos estavam lá desde que o asilo abriu há cinquenta anos e muitos muitos mesmo nos agarravam implorando por balas (diabéticos) e por alguns cigarros.
Eu não parava de pensar que estas pessoas eram pessoas comuns. Caminhoneiros, jogadores de futebol (campeão do São Paulo que ama ler Agatha Christie), donas de casal, viúvas e trabalhadores regulares. Não podia deixar de pensar que talvez eles nunca tivessem imaginado esse fim pra suas vidas. E quem me garante que esse não será um fim futuro pra minha vida?
Incrível foi ver o modo como as crianças do Pentágono interagiam com os velhinhos: sem medo algum, demonstrando muito interesse e alegria.
Cartoon
Você já viu as novas revistinhas estilo mangá da ''Turma da Mônica Jovem'' ??
É bem legal... E divertido! Matei a saudade da época em que eu lia gibis...
Eu tinha duas caixas enormes cheias de gibis embaixo da cama... O gibi da turma da mônica foi a primeira coisa que eu gostei de ler.
Me inspirei tanto que desenhei a Magali e o Cascão jovens... =)
É bem legal... E divertido! Matei a saudade da época em que eu lia gibis...
Eu tinha duas caixas enormes cheias de gibis embaixo da cama... O gibi da turma da mônica foi a primeira coisa que eu gostei de ler.
Me inspirei tanto que desenhei a Magali e o Cascão jovens... =)
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Reflexozinho de dezembro
Muita coisa na cabeça ultimamente.
O Natal vai chegando... Final do ano... E fica no ar aquela sensaçãozinha estranha e muito dificíl de descrever. Tão difícil que não vou nem tentar. Você sabe do que eu estou falando.
Mas o ano que vem está aí... Com uma promessa de ser um ano bem melhor do que 2008, pelo menos para mim.
Esse ano não foi muito bom pra mim. Tá... Estou sendo muito ingrata, eu sei! Mas é disso que se trata não é? A vida? A gente quer sempre mais. Eu sei que eu sou assim.
Luto pra alcançar um objetivo a todo custo. E quando depois de muito luta finalmente alcanço, ele já não vale muito pra mim, e já tenho outra coisa em mente. Eu sei! É meio impossível viver feliz dessa forma. Mas eu vivo! Acredite! Você começa a perceber que conseguir essas coisas já não são tão importantes, e vê que a melhor parte é mesmo correr atrás.
E muito bom é você olhar pra trás e ver os tantos objetivos que você já alcançou.
O Natal vai chegando... Final do ano... E fica no ar aquela sensaçãozinha estranha e muito dificíl de descrever. Tão difícil que não vou nem tentar. Você sabe do que eu estou falando.
Mas o ano que vem está aí... Com uma promessa de ser um ano bem melhor do que 2008, pelo menos para mim.
Esse ano não foi muito bom pra mim. Tá... Estou sendo muito ingrata, eu sei! Mas é disso que se trata não é? A vida? A gente quer sempre mais. Eu sei que eu sou assim.
Luto pra alcançar um objetivo a todo custo. E quando depois de muito luta finalmente alcanço, ele já não vale muito pra mim, e já tenho outra coisa em mente. Eu sei! É meio impossível viver feliz dessa forma. Mas eu vivo! Acredite! Você começa a perceber que conseguir essas coisas já não são tão importantes, e vê que a melhor parte é mesmo correr atrás.
E muito bom é você olhar pra trás e ver os tantos objetivos que você já alcançou.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Tattoo a la sonho.
Eu adoro tatuagens.
Sempre quis fazer uma.
Na adolescência eu fiz um pacto comigo mesma: farei uma tatuagem no dia que completar meus dezoito anos.
É. Os dezoito anos chegaram e nada.
Você vai me falar: - Mas Lívia, porque? Se você tem tanta vontade faça sua tatuagem!
Porque? Por um simples motivo.
Alguém me disse um dia que teatro requer sacrifícios. Constantes.
Pois é.
Imagine eu fazendo um personagem de época, ou até mesmo qualquer personagem com uma bela tatuagem a la Lívia nas costas?
Muita gente vai falar: Faça! Não tem problema não!
E muita gente vai falar: Lívia, espere.... Não faça ainda! Você pode se prejudicar.
Hoje eu sonhei que fiz uma tatuagem lindíssima. Que simbolizava uma guerra entre vontades. Com dois ''seres'' lutando, e várias flores lindas em volta. Era enorme. Ia dos meus braços, pro lado esquerdo das minhas costas e descia até a minha cintura. Linda.
Mas teatro requer sacrifícios. E eu não tenho coragem de arriscar. Pelo menos hoje.
Mas a vontade tá grande... Grande...
Mas quem sabe um dia....
Sempre quis fazer uma.
Na adolescência eu fiz um pacto comigo mesma: farei uma tatuagem no dia que completar meus dezoito anos.
É. Os dezoito anos chegaram e nada.
Você vai me falar: - Mas Lívia, porque? Se você tem tanta vontade faça sua tatuagem!
Porque? Por um simples motivo.
Alguém me disse um dia que teatro requer sacrifícios. Constantes.
Pois é.
Imagine eu fazendo um personagem de época, ou até mesmo qualquer personagem com uma bela tatuagem a la Lívia nas costas?
Muita gente vai falar: Faça! Não tem problema não!
E muita gente vai falar: Lívia, espere.... Não faça ainda! Você pode se prejudicar.
Hoje eu sonhei que fiz uma tatuagem lindíssima. Que simbolizava uma guerra entre vontades. Com dois ''seres'' lutando, e várias flores lindas em volta. Era enorme. Ia dos meus braços, pro lado esquerdo das minhas costas e descia até a minha cintura. Linda.
Mas teatro requer sacrifícios. E eu não tenho coragem de arriscar. Pelo menos hoje.
Mas a vontade tá grande... Grande...
Mas quem sabe um dia....
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Corra Lívia, Corra
Corre! Vai! Vai!
Você tá atrasada! Corre!
Atravessa e não olha para o farol.
Olha o seu ônibus! Tá saindo!
Vai! Corre!
- Motorista! Motorista! Espera aí!
Pronto. Pelo menos você entrou.
Corre ônibus... Vamos! Tô atrasada!
- Motorista, dá pra abrir pra mim aqui? Fica mais rápido...
- Dá não.
- ¬¬
Desceu.
Corre Lívia!
Você vai perder o trem!
Droga Lívia! Era ele...
Corre! Compra o bilhete logo!
Pronto. Espera o próximo trem.
Chegou.
Vamos logo trem... Pelo amor de Deus!
Ótimo. A luz é a próxima estação.
Ai! Parou!
- Senhores passageiros, informamos que estamos parados por ''problemas de sinalização''.
Que ótimo!
5 minutos.
10 minutos.
- Senhores passageiros, informamos que estamos parados por ''problemas de sinalização''.
15 minutos.
20 minutos.
- Senhores passageiros, informamos que estamos parados por ''problemas de sinalização'' Sem previsão de retorno.
25 minutos.
Vai logo trem do *##$% !!!
30 minutos.
Voltou a andar.
Ok. Lívia, se você quer chegar a tempo você vai ter que correr como nunca correu na vida!
Abriu a porta.
COOOORREEEEE!!!
Droga! Essa sapatilha escorrega!
Mas não dá tempo de tirar.
Merda. Esses $%#@ desses caras que ficam zuando...
Ai! Bateu.
- Desculpa moça... Mas eu tenho que correr!
CORRA LÍVIA, CORRA!
Lívia, você perdeu o metrô.
-Ai metrô! Vai logo!
Chegou. Entra correndo!
Barulho, polícia e confusão!
Uma moça fala:
- Nossa! Roubaram o celular de uma moça!
Lívia, é melhor você checar seu celular.
- Ah não! Roubaram meu celular!
Quer saber? Que se dane! Eu vou chegar lá de qualquer jeito. Com celular ou sem celular.
Voz no microfone:
- Próxima estação: São Bento.
Abriu as portas.
Policiais e homens tentando prender um sujeito.
Um policial fala:
- Moça, esse celular é seu?
- É sim moço... Mas....
Ai meu Deus! Lívia, ele tá te puxando pra fora do metrô.
O metrô foi embora. E você ficou parada na estação.
- Moço, eu tenho um compromisso inadiável em sete minutos.
- Senhora, eu sou Elias. Policial disfarçado no metrô. A senhora terá que me acompanhar até a delegacia.
- Mas moço... Eu preciso chegar....
- Se a senhora quer seu celular de volta, terá que me acompanhar até a delegacia e prestar depoimento. Eu vi ele te roubando e serei sua testemunha.
É Lívia... É melhor desistir.
Quatro horas na delegacia.
Muitas perguntar. Depoimento. Vítima.
Reconhecer celular. Mais perguntas repetidas.
- Preso em flagrante por um policial. Décima primeira passagem pela polícia. 5 anos de prisão.
Duvido muito.
É. Não deu.
Mas o dia não foi uma perda total.
Afinal, o policial era lindoo.....
Você tá atrasada! Corre!
Atravessa e não olha para o farol.
Olha o seu ônibus! Tá saindo!
Vai! Corre!
- Motorista! Motorista! Espera aí!
Pronto. Pelo menos você entrou.
Corre ônibus... Vamos! Tô atrasada!
- Motorista, dá pra abrir pra mim aqui? Fica mais rápido...
- Dá não.
- ¬¬
Desceu.
Corre Lívia!
Você vai perder o trem!
Droga Lívia! Era ele...
Corre! Compra o bilhete logo!
Pronto. Espera o próximo trem.
Chegou.
Vamos logo trem... Pelo amor de Deus!
Ótimo. A luz é a próxima estação.
Ai! Parou!
- Senhores passageiros, informamos que estamos parados por ''problemas de sinalização''.
Que ótimo!
5 minutos.
10 minutos.
- Senhores passageiros, informamos que estamos parados por ''problemas de sinalização''.
15 minutos.
20 minutos.
- Senhores passageiros, informamos que estamos parados por ''problemas de sinalização'' Sem previsão de retorno.
25 minutos.
Vai logo trem do *##$% !!!
30 minutos.
Voltou a andar.
Ok. Lívia, se você quer chegar a tempo você vai ter que correr como nunca correu na vida!
Abriu a porta.
COOOORREEEEE!!!
Droga! Essa sapatilha escorrega!
Mas não dá tempo de tirar.
Merda. Esses $%#@ desses caras que ficam zuando...
Ai! Bateu.
- Desculpa moça... Mas eu tenho que correr!
CORRA LÍVIA, CORRA!
Lívia, você perdeu o metrô.
-Ai metrô! Vai logo!
Chegou. Entra correndo!
Barulho, polícia e confusão!
Uma moça fala:
- Nossa! Roubaram o celular de uma moça!
Lívia, é melhor você checar seu celular.
- Ah não! Roubaram meu celular!
Quer saber? Que se dane! Eu vou chegar lá de qualquer jeito. Com celular ou sem celular.
Voz no microfone:
- Próxima estação: São Bento.
Abriu as portas.
Policiais e homens tentando prender um sujeito.
Um policial fala:
- Moça, esse celular é seu?
- É sim moço... Mas....
Ai meu Deus! Lívia, ele tá te puxando pra fora do metrô.
O metrô foi embora. E você ficou parada na estação.
- Moço, eu tenho um compromisso inadiável em sete minutos.
- Senhora, eu sou Elias. Policial disfarçado no metrô. A senhora terá que me acompanhar até a delegacia.
- Mas moço... Eu preciso chegar....
- Se a senhora quer seu celular de volta, terá que me acompanhar até a delegacia e prestar depoimento. Eu vi ele te roubando e serei sua testemunha.
É Lívia... É melhor desistir.
Quatro horas na delegacia.
Muitas perguntar. Depoimento. Vítima.
Reconhecer celular. Mais perguntas repetidas.
- Preso em flagrante por um policial. Décima primeira passagem pela polícia. 5 anos de prisão.
Duvido muito.
É. Não deu.
Mas o dia não foi uma perda total.
Afinal, o policial era lindoo.....
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
São eles! Os pequenos!
Eu queria ser uma pessoa calma. Eu realmente queria.
Respirar fundo e resolver os pequenos problemas irritantes com calma, muita calma.
Mas eu não sou. Eu sou muito nervosa. E me irrito com facilidade.
Eu queria que os pequenos problemas do dia-a-dia não me afetassem tanto. Porque são eles! Os grandes problemas parece que eu consigo resolvê-los com mais calma. Mas os problemas pequenos que aparecem de surpresa como pequeno gremlins destruidores que vão devastando aos poucos tudo o que vêem pela frente.
São problemas pequenos! Os causadores da destruição da humanidade! São eles que me estressam e me impedem de gozar a plena felicidade!
São eles simples e malignos como um CD que eu preciso levar hoje, mas que ele não quer gravar de jeito nenhum!
Ou então o creme de cabelo que some e você não acha em lugar nenhum, e depois de quinze minutos seu cabelo seca e fica horrível te deixando irritada o dia inteiro.
E o mais maligno de todos! Aquele coiso tecnológico que a gente é tão dependente pra tudo! O computador! Quando o computador trava na hora mais crucial da sua vida, quando se não houvesse um momento em toda a sua vida que você precisasse tanto de um computador. É justo nesses momentos extremos que essas pequenas coisas acontecem e decidem acabar com o seu dia.
Ou então o simples fato de eu ser um ser humano que não tem a capacidade de lembrar de colocar um guarda-chuva na bolsa, e tomar três banhos de chuva acidentais em três dias seguidos, molhando consecutivamente as únicas três calças jeans boas no meu armário. (Sim, eu preciso comprar roupas.)
Mas não que eu esteja reclamando tanto assim dos consecutivos banhos de chuvas, porque apesar de terem atrapalhado a rotina vieram bem a calhar. Porque eu amo tomar banhos de chuva. Meu elemento astrológico é o fogo. E o fogo é irritado, inflamante e devorador. As vezes ele precisa tomar um banho de chuva. Muita água na cabeça pra esfriar e acalmar esse fogo.
Afinal, deve ser esse o segredo da vida. Não deixar as pequenas coisas do dia-a-dia acabar com a sua felicidade. Superar com calma os pequenos problemas.
Bom, se for isso mesmo acho que estou um pouquinho longe de descobrir o verdadeiro segredo da vida. Talvez tenha alguém que o consiga.
Eu por enquanto vou tentando. Respirando e tentando resolver tudo com calma. Um problema de cada vez.
E afinal, num mundo onde estamos totalmente cercados por pressões por todo o lado, a pior coisa que pode acontecer é tudo dar errado. Tudo virar bosta.
E se isso acontecer?
Foda-se! É deu tudo errado mesmo! Foi uma bosta sim! Pronto! E aí?
Tá vendo? Vendo por esse ângulo não parece tão ruim...
Mas não é esse o pensamento certo. Esse é o pensamento certo para o último caso. Esse é o plano Z que temos que ter sempre em mente.
Mas o plano A é: Vai dar certo. Vamos com calma. Eu confio.
E por aí vai...
Conte até dez e respire de novo.
Respirar fundo e resolver os pequenos problemas irritantes com calma, muita calma.
Mas eu não sou. Eu sou muito nervosa. E me irrito com facilidade.
Eu queria que os pequenos problemas do dia-a-dia não me afetassem tanto. Porque são eles! Os grandes problemas parece que eu consigo resolvê-los com mais calma. Mas os problemas pequenos que aparecem de surpresa como pequeno gremlins destruidores que vão devastando aos poucos tudo o que vêem pela frente.
São problemas pequenos! Os causadores da destruição da humanidade! São eles que me estressam e me impedem de gozar a plena felicidade!
São eles simples e malignos como um CD que eu preciso levar hoje, mas que ele não quer gravar de jeito nenhum!
Ou então o creme de cabelo que some e você não acha em lugar nenhum, e depois de quinze minutos seu cabelo seca e fica horrível te deixando irritada o dia inteiro.
E o mais maligno de todos! Aquele coiso tecnológico que a gente é tão dependente pra tudo! O computador! Quando o computador trava na hora mais crucial da sua vida, quando se não houvesse um momento em toda a sua vida que você precisasse tanto de um computador. É justo nesses momentos extremos que essas pequenas coisas acontecem e decidem acabar com o seu dia.
Ou então o simples fato de eu ser um ser humano que não tem a capacidade de lembrar de colocar um guarda-chuva na bolsa, e tomar três banhos de chuva acidentais em três dias seguidos, molhando consecutivamente as únicas três calças jeans boas no meu armário. (Sim, eu preciso comprar roupas.)
Mas não que eu esteja reclamando tanto assim dos consecutivos banhos de chuvas, porque apesar de terem atrapalhado a rotina vieram bem a calhar. Porque eu amo tomar banhos de chuva. Meu elemento astrológico é o fogo. E o fogo é irritado, inflamante e devorador. As vezes ele precisa tomar um banho de chuva. Muita água na cabeça pra esfriar e acalmar esse fogo.
Afinal, deve ser esse o segredo da vida. Não deixar as pequenas coisas do dia-a-dia acabar com a sua felicidade. Superar com calma os pequenos problemas.
Bom, se for isso mesmo acho que estou um pouquinho longe de descobrir o verdadeiro segredo da vida. Talvez tenha alguém que o consiga.
Eu por enquanto vou tentando. Respirando e tentando resolver tudo com calma. Um problema de cada vez.
E afinal, num mundo onde estamos totalmente cercados por pressões por todo o lado, a pior coisa que pode acontecer é tudo dar errado. Tudo virar bosta.
E se isso acontecer?
Foda-se! É deu tudo errado mesmo! Foi uma bosta sim! Pronto! E aí?
Tá vendo? Vendo por esse ângulo não parece tão ruim...
Mas não é esse o pensamento certo. Esse é o pensamento certo para o último caso. Esse é o plano Z que temos que ter sempre em mente.
Mas o plano A é: Vai dar certo. Vamos com calma. Eu confio.
E por aí vai...
Conte até dez e respire de novo.
sábado, 15 de novembro de 2008
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Três dedos de pó
É o que deve ter se acumulado nesse blog enquanto eu não escrevi.
Meu deus! Eita correria!
Esse mês foi muito corrido, com coisas boas e coisas não tão boas também.
Vai fazer praticamente um mês que eu não atualizo esse blog. Bom, estou atualizando agora.
O que posso dizer é que entre inscrições para vestibular, entrevistas, projetos, apresentações infantis, carta de motorista, maquete de cenografia, figurinos e a estréia das crianças me tomou muito tempo.
Mas mesmo assim, ainda sobrou um tempinho pra eu comprar um pandeiro, (é, eu também não sei porque, sou uma pessoa intuitiva) e arrebentar meu joelho andando de patins, e mesmo com muita dor, ainda não sobrou tempo para marcar um horário no médico.
Taí uma coisa que eu realmente não gosto: Médicos.
É como eu sempre digo, que pessoa em sã consciência escolheria medicina para estudar? Que pessoa quer ter uma rotina, passar dia após dia dentro de um hospital vendo pessoas doentes e infelizes sempre? Ninguém que vai ao hospital está feliz! A não ser as mães que estão tendo bebê, mas aí é outra história...
Operações, velhos morrendo, gente inocente sangrando com tiros... Ai! Não consigo entender!
Tá... Eu sei que a sociedade precisa de médicos... Mas pelo menos eu, no mínimo 70% dos médicos em que me consultei nem olharam nos meus olhos pra saber o que eu estou sentindo. Ficam cortando a gente enquanto a gente fala... Isso não é legal! Você tá com dor, quer ter atenção! E aquele cara te manda tomar um injeção que você nem sabe o que é e nem te deixa explicar o que você está sentindo ao certo.
Fora minhas infelizes experiências com médicos incompetentes na área de alergias né? Quantas vezes me mandaram tomar remédios que cruzados causam alergias e quase me mataram?
Ufa... Pronto. Sempre quis desabafar a respeito de médicos. Gente muito estranha, na minha opnião.
Mas voltando ao estranho mês corrido...
Ele me fez sentir como se eu estivesse literalmente numa TPM constante e infinita! Mulheres, cá entre nós, tem coisa pior?
Final de ano deve ser sempre assim. Acho que foi escrito que deveria ser assim.
Todo final de ano as coisas se acumulam e minha cabeça parece que vai explodir! São decisões que devem ser tomadas para o ano que vem, e você tem que dar conta de finalizar tudo o que começou, e deve finalizar bem! Com estilo sempre!
Por outro lado, é bom ver que o ano está acabando. Por mais que eu nunca tenha gostado de final de ano, logo depois dele vem a recompensa. Começo de um ano novinho!
Eu amo começo de ano! É tudo novo! Novos planos, novas idéias... Dá um ar tão bom!
Mas vou me despedindo por aqui. Agora as coisas estão ''ligeiramente'' mais tranquilas, e minha vontade de fazer postagens voltou.
Até breve.
Meu deus! Eita correria!
Esse mês foi muito corrido, com coisas boas e coisas não tão boas também.
Vai fazer praticamente um mês que eu não atualizo esse blog. Bom, estou atualizando agora.
O que posso dizer é que entre inscrições para vestibular, entrevistas, projetos, apresentações infantis, carta de motorista, maquete de cenografia, figurinos e a estréia das crianças me tomou muito tempo.
Mas mesmo assim, ainda sobrou um tempinho pra eu comprar um pandeiro, (é, eu também não sei porque, sou uma pessoa intuitiva) e arrebentar meu joelho andando de patins, e mesmo com muita dor, ainda não sobrou tempo para marcar um horário no médico.
Taí uma coisa que eu realmente não gosto: Médicos.
É como eu sempre digo, que pessoa em sã consciência escolheria medicina para estudar? Que pessoa quer ter uma rotina, passar dia após dia dentro de um hospital vendo pessoas doentes e infelizes sempre? Ninguém que vai ao hospital está feliz! A não ser as mães que estão tendo bebê, mas aí é outra história...
Operações, velhos morrendo, gente inocente sangrando com tiros... Ai! Não consigo entender!
Tá... Eu sei que a sociedade precisa de médicos... Mas pelo menos eu, no mínimo 70% dos médicos em que me consultei nem olharam nos meus olhos pra saber o que eu estou sentindo. Ficam cortando a gente enquanto a gente fala... Isso não é legal! Você tá com dor, quer ter atenção! E aquele cara te manda tomar um injeção que você nem sabe o que é e nem te deixa explicar o que você está sentindo ao certo.
Fora minhas infelizes experiências com médicos incompetentes na área de alergias né? Quantas vezes me mandaram tomar remédios que cruzados causam alergias e quase me mataram?
Ufa... Pronto. Sempre quis desabafar a respeito de médicos. Gente muito estranha, na minha opnião.
Mas voltando ao estranho mês corrido...
Ele me fez sentir como se eu estivesse literalmente numa TPM constante e infinita! Mulheres, cá entre nós, tem coisa pior?
Final de ano deve ser sempre assim. Acho que foi escrito que deveria ser assim.
Todo final de ano as coisas se acumulam e minha cabeça parece que vai explodir! São decisões que devem ser tomadas para o ano que vem, e você tem que dar conta de finalizar tudo o que começou, e deve finalizar bem! Com estilo sempre!
Por outro lado, é bom ver que o ano está acabando. Por mais que eu nunca tenha gostado de final de ano, logo depois dele vem a recompensa. Começo de um ano novinho!
Eu amo começo de ano! É tudo novo! Novos planos, novas idéias... Dá um ar tão bom!
Mas vou me despedindo por aqui. Agora as coisas estão ''ligeiramente'' mais tranquilas, e minha vontade de fazer postagens voltou.
Até breve.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Hoje
Hoje eu não me preocupo mais.
Antes eu era um eu estranho.
Hoje não sou mais esse eu.
Hoje a palavra saudade tem outro significado pra mim.
Assim como perdão, paciência, tempo, amor e felicidade.
Hoje sou grata por coisas que antes não era.
A palavra saúde ganhou um espaço maior que antes.
Assim como família, amizade, cumplicidade, fidelidade e confiança.
Antes eu queria tudo.
Hoje me contento com o nada. Porque o meu nada já é tudo.
E hoje eu quero deitar no chão.
Sentir o sol no meu corpo.
Cair na piscina e fazer uma ligação pra alguém que eu não converso a muito tempo.
Hoje eu quero dar presentes caros e legais.
Hoje eu não quero bolo de aniversário.
Hoje eu envio cartas quilométricas e não espero as respostas.
Antes eu tentava esconder.
Hoje eu ponho em exposição.
Antes eu queria o triste.
Hoje eu quero todos os sentimentos misturados em excesso.
Hoje eu busco e vou atrás.
Hoje eu me mando e desmando.
Hoje eu vou embora quando quero.
Hoje eu quero e espero.
De manhã eu só meu pergunto: tem algo para comer? Um teto pra dormir? Um ar pra respirar?
Tá ótimo. Hoje eu vivo.
Antes eu era um eu estranho.
Hoje não sou mais esse eu.
Hoje a palavra saudade tem outro significado pra mim.
Assim como perdão, paciência, tempo, amor e felicidade.
Hoje sou grata por coisas que antes não era.
A palavra saúde ganhou um espaço maior que antes.
Assim como família, amizade, cumplicidade, fidelidade e confiança.
Antes eu queria tudo.
Hoje me contento com o nada. Porque o meu nada já é tudo.
E hoje eu quero deitar no chão.
Sentir o sol no meu corpo.
Cair na piscina e fazer uma ligação pra alguém que eu não converso a muito tempo.
Hoje eu quero dar presentes caros e legais.
Hoje eu não quero bolo de aniversário.
Hoje eu envio cartas quilométricas e não espero as respostas.
Antes eu tentava esconder.
Hoje eu ponho em exposição.
Antes eu queria o triste.
Hoje eu quero todos os sentimentos misturados em excesso.
Hoje eu busco e vou atrás.
Hoje eu me mando e desmando.
Hoje eu vou embora quando quero.
Hoje eu quero e espero.
De manhã eu só meu pergunto: tem algo para comer? Um teto pra dormir? Um ar pra respirar?
Tá ótimo. Hoje eu vivo.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Primavera ¬¬
Primavera é realmente a minha estação preferida...
Calor, flores bonitas... tempo fresco e gostoso...
Mas tá frio!
Tô gripada!
Tá chovendo!
Ah.... fala sério!
¬¬
Calor, flores bonitas... tempo fresco e gostoso...
Mas tá frio!
Tô gripada!
Tá chovendo!
Ah.... fala sério!
¬¬
sábado, 4 de outubro de 2008
Uma história simples
Abriu a porta lentamente e seu deparou com aquele quarto familiar. Já conhecia tudo naquele quarto, local de tantas lembranças, sonhos e insanidades. Aquele cantinho que guardava tantos segredos estava agora esquecido e abandonado.
O garoto que ali crescera agora já tinha ficado para trás, dando lugar a um outro ser, que talvez possa ser denominado homem.
Ele estava sozinho quando teve a repentina vontade de voltar a aquele lugar, de ver em cada objeto uma história pra contar. Na gaveta esquerda da escrivaninha havia aquelas cartas. Cartas de garotos, garotas, adultos e idosos. Palavras que ilustravam aqueles papéis.
Havia segredos atrás de cada lugar, de cada cantinho. Os brinquedos de infância, agora jogados ao chão pareciam ganhar vida, agir e invocá-lo.
Já não sabia mais distinguir o real do imaginário, o concreto do lúdico. Fantasia por todas as partes.
Ele não podia negar que não estava com medo de retornar ao quarto. De encarar o passado que ficou lá atrás.
Enfim seu olhar pairou sobre a porta retrato empoeirado que estava pendurado na parede escura. O rosto daquela mulher o assombrava quase todas as noites. Mas ainda sentia um prazer misterioso ao encarar aquele olhar e ver as curvas de seu rosto.
De repente ouviu um grito... Fumaça, muita fumaça invadia seus olhos...
Essa história não tem um começo, ou um fim, tem apenas um meio.
Quem era ele? Uma simples peça do cotidiano temporário que assola e transforma a humanidade. Quem sou eu? Eu sou ele, sou você, sou um sentimento, uma lembrança ou até mesmo uma simples história.
O garoto que ali crescera agora já tinha ficado para trás, dando lugar a um outro ser, que talvez possa ser denominado homem.
Ele estava sozinho quando teve a repentina vontade de voltar a aquele lugar, de ver em cada objeto uma história pra contar. Na gaveta esquerda da escrivaninha havia aquelas cartas. Cartas de garotos, garotas, adultos e idosos. Palavras que ilustravam aqueles papéis.
Havia segredos atrás de cada lugar, de cada cantinho. Os brinquedos de infância, agora jogados ao chão pareciam ganhar vida, agir e invocá-lo.
Já não sabia mais distinguir o real do imaginário, o concreto do lúdico. Fantasia por todas as partes.
Ele não podia negar que não estava com medo de retornar ao quarto. De encarar o passado que ficou lá atrás.
Enfim seu olhar pairou sobre a porta retrato empoeirado que estava pendurado na parede escura. O rosto daquela mulher o assombrava quase todas as noites. Mas ainda sentia um prazer misterioso ao encarar aquele olhar e ver as curvas de seu rosto.
De repente ouviu um grito... Fumaça, muita fumaça invadia seus olhos...
Essa história não tem um começo, ou um fim, tem apenas um meio.
Quem era ele? Uma simples peça do cotidiano temporário que assola e transforma a humanidade. Quem sou eu? Eu sou ele, sou você, sou um sentimento, uma lembrança ou até mesmo uma simples história.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Porcelana
Ela nunca tinha pensado na vida, apenas vivia.
Ela tinha uma pureza hipnotizadora em seu sorriso.
Vivia da maneira mais bela, e fácil. Era simpática a todos que cruzavam seu caminho. Sua meiguice e seu jeito de menina eram transparentes por sua alma.
Sempre era elogiada em tudo que se propunha a fazer. Sua família? A melhor possível! Papai, mamãe e irmãzinha da pura classe média alta. Lutavam por seus objetivos, mas nunca passaram alguma dificuldade. Seus amigos? Muitos! Estava sempre rodeada de pessoas alegres e felizes.
Seu rosto parecia esculpido por um anjo! Seu olhar inspirava poetas e seus cílios, dizem que são mágicos.
Era mais fácil viver sua vida perfeita e deixar os problemas dos outros a parte.
Foi quando passeava de noite, por uma rua suspeita. Um letreiro vemelho dizia: motel. Ela parou, ficou mirando o letreiro com seus olhos encantados.
Na porta havia uma figura humana. Ela não sabia dizer se era masculina ou feminina. Era simplesmente uma figura do submundo.
Os cabelos mais sedosos que já vira, com um olhar carente, com uma gota de maldade que o mundo inseriu. Sua boca suculenta, traços de um homem-mulher.
Seu corpo? O mais esplendido que a natureza poderia criar
Sua barriga e seus quadris pareciam os de uma bailarina, seguido de pernas belas que lembravam porcelana. Seus pés? Os mais perfeitos do mundo inteiro.
Vestia um espartilho. Sua saia de pregas rosa lembrava uma bailarina em sua caixinha de música. Meias transparentes vermelhas um pouco rasgadas, lhe faziam parecer uma colombina encantada. Seu olhar era terno, sofrido, que demonstrava um sentimento que nenhum homem ou nenhuma mulher seria capaz de mostrar.
Segurava uma pequena sombrinha de renda rosa e branca. Que a fazia a imperfeição parecer perfeita.
Quando ela mirou a figura deste ser mágico, se sentiu inferior. Pela primeira vez na sua vida viu a realidade do mundo de uma só vez. Viu a inocência e maldade: tudo de uma vez naquele olhar. Sentiu que queria ser outra. Qualquer uma. Ser diferente, ser como qualquer pessoa. Ser real.
Quando aquela imagem mirou os cílios mágicos da pequena boneca, por um segundo quase perdeu a pose magnífica.
Lembrou-se de sua infância. Fantasmas do passado voltariam a lhe assombrar.
A sujeira de sua alma misturava-se com a bondade nela contida.
Foi com um sussurro que voltou a realidade, ainda no mais puro êxtase.
Quando os dois olhares se misturaram as duas lembravam-se do que brincavam quando crianças.
Bonecas de porcelana.
Viu-se cacos de porcelana no chão naquela manhã.
Ela tinha uma pureza hipnotizadora em seu sorriso.
Vivia da maneira mais bela, e fácil. Era simpática a todos que cruzavam seu caminho. Sua meiguice e seu jeito de menina eram transparentes por sua alma.
Sempre era elogiada em tudo que se propunha a fazer. Sua família? A melhor possível! Papai, mamãe e irmãzinha da pura classe média alta. Lutavam por seus objetivos, mas nunca passaram alguma dificuldade. Seus amigos? Muitos! Estava sempre rodeada de pessoas alegres e felizes.
Seu rosto parecia esculpido por um anjo! Seu olhar inspirava poetas e seus cílios, dizem que são mágicos.
Era mais fácil viver sua vida perfeita e deixar os problemas dos outros a parte.
Foi quando passeava de noite, por uma rua suspeita. Um letreiro vemelho dizia: motel. Ela parou, ficou mirando o letreiro com seus olhos encantados.
Na porta havia uma figura humana. Ela não sabia dizer se era masculina ou feminina. Era simplesmente uma figura do submundo.
Os cabelos mais sedosos que já vira, com um olhar carente, com uma gota de maldade que o mundo inseriu. Sua boca suculenta, traços de um homem-mulher.
Seu corpo? O mais esplendido que a natureza poderia criar
Sua barriga e seus quadris pareciam os de uma bailarina, seguido de pernas belas que lembravam porcelana. Seus pés? Os mais perfeitos do mundo inteiro.
Vestia um espartilho. Sua saia de pregas rosa lembrava uma bailarina em sua caixinha de música. Meias transparentes vermelhas um pouco rasgadas, lhe faziam parecer uma colombina encantada. Seu olhar era terno, sofrido, que demonstrava um sentimento que nenhum homem ou nenhuma mulher seria capaz de mostrar.
Segurava uma pequena sombrinha de renda rosa e branca. Que a fazia a imperfeição parecer perfeita.
Quando ela mirou a figura deste ser mágico, se sentiu inferior. Pela primeira vez na sua vida viu a realidade do mundo de uma só vez. Viu a inocência e maldade: tudo de uma vez naquele olhar. Sentiu que queria ser outra. Qualquer uma. Ser diferente, ser como qualquer pessoa. Ser real.
Quando aquela imagem mirou os cílios mágicos da pequena boneca, por um segundo quase perdeu a pose magnífica.
Lembrou-se de sua infância. Fantasmas do passado voltariam a lhe assombrar.
A sujeira de sua alma misturava-se com a bondade nela contida.
Foi com um sussurro que voltou a realidade, ainda no mais puro êxtase.
Quando os dois olhares se misturaram as duas lembravam-se do que brincavam quando crianças.
Bonecas de porcelana.
Viu-se cacos de porcelana no chão naquela manhã.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Passarinho
Estava eu fazendo minhas tarefas emocionantes, no caso colocando roupa pra lavar, quando ouvi um barulinho estranho... Olhei ao redor mas não percebi nada.
Logo depois o mesmo barulho novamente. Comecei a procurar.
Achei. Numa velha escada de alumínio estava preso um pequeno passarinho. Batendo as asas pra tentar sair.
Então abri a escada e o passarinho voou. E um outro pássaro surgiu também. Provavelmente a mãe do pequeno passarinho.
Eles ficaram um tempinho no teto e depois a mãe foi embora. O passarinho tentou segui-la mas bateu na parede e caiu.
E eu fiquei assim: ''e agora?''
Peguei o passarinho e subi em cima do telhado com ele, que foi pra onde a mãe voou. Fiquei com ele um pouco lá em cima e nada. Desci. Coloquei dentro de uma caixinha com um paninho branco, e coloquei a caixinha no alto de uma árvore. Espera... Espera...
Nada.
Aí eu já estava começando a me desesperar. O que eu vou fazer com esse pobre passarinho? Não posso deixar ele aí pra morrer!
Peguei ele. Esfarelei um pedacinho de bolacha salgada na minha mão e dei pra ele. Ele comeu. Devia estar com fome.
Molhei meu dedo e ofereci. Ele bebeu a água aos pouquinhos.
Coloquei de novo a caixa em que ele estava na árvore, uma segunda tentativa. Afinal, não sabia mais o que eu poderia fazer com o passarinho.
Quando perguntei pra ''alguém'' o que eu deveria fazer, a única resposta que obtive foi '' Ah, deixa ele por aí. Se ele morrer, fazer o quê?''
O egoísmo humano é realmente deprimente. Ninguém parece se preocupar com a outra vida que também sofre, e que também sente. Que tá aqui nesse planeta junto com a gente. Pra viver!
Mas voltando a história, é claro que eu não ia abandonar o passarinho.
Deixei ele na árvore e fiquei olhando. E lá se passaram vários minutos. Em torno de uma hora. Ocasionalmente eu oferecia algum farelinho pra ele comer, e água. Ele aceitava com gosto.
De repente ele voou.
Voou para alguma árvore e desapareceu. Me pareceu que era uma questão de estar pronto. Afinal, ele tinha batido com força na parede. Estava atordoado e com medo.
É claro que dava pra ter simplesmente ''deixado ele por aí''.
É a escolha. Sempre há a escolha.
Logo depois o mesmo barulho novamente. Comecei a procurar.
Achei. Numa velha escada de alumínio estava preso um pequeno passarinho. Batendo as asas pra tentar sair.
Então abri a escada e o passarinho voou. E um outro pássaro surgiu também. Provavelmente a mãe do pequeno passarinho.
Eles ficaram um tempinho no teto e depois a mãe foi embora. O passarinho tentou segui-la mas bateu na parede e caiu.
E eu fiquei assim: ''e agora?''
Peguei o passarinho e subi em cima do telhado com ele, que foi pra onde a mãe voou. Fiquei com ele um pouco lá em cima e nada. Desci. Coloquei dentro de uma caixinha com um paninho branco, e coloquei a caixinha no alto de uma árvore. Espera... Espera...
Nada.
Aí eu já estava começando a me desesperar. O que eu vou fazer com esse pobre passarinho? Não posso deixar ele aí pra morrer!
Peguei ele. Esfarelei um pedacinho de bolacha salgada na minha mão e dei pra ele. Ele comeu. Devia estar com fome.
Molhei meu dedo e ofereci. Ele bebeu a água aos pouquinhos.
Coloquei de novo a caixa em que ele estava na árvore, uma segunda tentativa. Afinal, não sabia mais o que eu poderia fazer com o passarinho.
Quando perguntei pra ''alguém'' o que eu deveria fazer, a única resposta que obtive foi '' Ah, deixa ele por aí. Se ele morrer, fazer o quê?''
O egoísmo humano é realmente deprimente. Ninguém parece se preocupar com a outra vida que também sofre, e que também sente. Que tá aqui nesse planeta junto com a gente. Pra viver!
Mas voltando a história, é claro que eu não ia abandonar o passarinho.
Deixei ele na árvore e fiquei olhando. E lá se passaram vários minutos. Em torno de uma hora. Ocasionalmente eu oferecia algum farelinho pra ele comer, e água. Ele aceitava com gosto.
De repente ele voou.
Voou para alguma árvore e desapareceu. Me pareceu que era uma questão de estar pronto. Afinal, ele tinha batido com força na parede. Estava atordoado e com medo.
É claro que dava pra ter simplesmente ''deixado ele por aí''.
É a escolha. Sempre há a escolha.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
A melhor surpresa
A mais doce... A mais sincera... A mais querida...
''- Lívia... Tem um homem e uma mulher no portão que querem falar com você...
- Quem é?
- Não sei... Mas tão te procurando...
- Nossa... Eu não conheço essas pessoas...
(...)
- Boa tarde. Você é a Lívia?
- Sou sim.
- Tem uma encomenda pra você.
- Uma caixa? AHHH!!! Tá mechendo!!!
O que é.... Ai meu deus! É o cachorrinho!!''
''- Lívia... Tem um homem e uma mulher no portão que querem falar com você...
- Quem é?
- Não sei... Mas tão te procurando...
- Nossa... Eu não conheço essas pessoas...
(...)
- Boa tarde. Você é a Lívia?
- Sou sim.
- Tem uma encomenda pra você.
- Uma caixa? AHHH!!! Tá mechendo!!!
O que é.... Ai meu deus! É o cachorrinho!!''
__________________________________________
E dele surgiu uma vida. Um amigo. Uma coisa fofa!
Um sentimento novo.
Só sei que amo.
Ele alegra meus dias e me faz feliz! =)
Cookie... Querido Cookie...
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Instabilidade emocional
Eu feliz.
Eu confiante.
Eu cansada.
Eu insatisfeita.
Eu atarefada.
Eu preguiçosa.
Eu dolorida.
Eu sonhadora.
Eu com raiva.
Eu emburrada.
Eu carinhosa.
Eu com saudade.
Eu decidida.
Eu burra.
Eu inteligente.
Eu procurando.
Eu...
Eu mesma.
Eu confiante.
Eu cansada.
Eu insatisfeita.
Eu atarefada.
Eu preguiçosa.
Eu dolorida.
Eu sonhadora.
Eu com raiva.
Eu emburrada.
Eu carinhosa.
Eu com saudade.
Eu decidida.
Eu burra.
Eu inteligente.
Eu procurando.
Eu...
Eu mesma.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Silêncio
É... Acabou.
E do fim a gente faz um novo começo.
E depois de deixar uma casa a gente começa a construção de outra. Um novo lar.
Aquele já não era um lar pra mim, e nem para os outros. Mas como foi difícil deixar aquelas paredes... Onde eu descobri os mais puros sentimentos, as mais lindas lições...
E a família que se formou? Agora não se sabe mais...
Mas o mínimo que sei é que as lembranças ficam e pra sempre! Quanta risada... É delicioso rir com quem tem faz bem.
Mas já foi... Agora estamos saindo de casa... Que já não era casa há algum tempo...
É... acabou.
E do fim a gente faz um novo começo.
E depois de deixar uma casa a gente começa a construção de outra. Um novo lar.
Aquele já não era um lar pra mim, e nem para os outros. Mas como foi difícil deixar aquelas paredes... Onde eu descobri os mais puros sentimentos, as mais lindas lições...
E a família que se formou? Agora não se sabe mais...
Mas o mínimo que sei é que as lembranças ficam e pra sempre! Quanta risada... É delicioso rir com quem tem faz bem.
Mas já foi... Agora estamos saindo de casa... Que já não era casa há algum tempo...
É... acabou.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
O encontro
Um dia me encontro
lá longe da vida
um dia encontro
esperança mantida
Um dia me encontro
e nem tão perdida
um dia encontro
a dor da partida
Um dia me encontro
a voz que é contida
um dia encontro
a coragem da ida
lá longe da vida
um dia encontro
esperança mantida
Um dia me encontro
e nem tão perdida
um dia encontro
a dor da partida
Um dia me encontro
a voz que é contida
um dia encontro
a coragem da ida
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
A busca...
Agora, me responde! Porque diabos a gente nunca tá feliz?
E tem mais! Responde! Porque mesmo assim sempre queremos parecer que estamos felizes?
Sempre tem algo que incomoda, e até nos dias mais felizes, que você está de bem com o mundo, tem uma coisinha lá. Pequena e insignificante. Mais que fica lá te encarando. Te incomodando e fazendo uma feia manchinha chata no seu mundo cor de rosa.
Poxa... Nós, humanos, temos nossos objetivos e sonhos na vida. Coisas que queremos muito alcançar e lutamos para isso. Mas nunca é o bastante.
O tempo para você alcançar um objetivo é o tempo pra esse objetivo não ser mais tão importante pra você, e aí você já quer outro objetivo que está tão longe quanto o primeiro estava há algum tempo atrás.
Nós... Seres humanos somos a espécie mais chata do planeta. E isso tem um motivo! A nossa bendita consciência! Somos infelizmente (ou não) dotados dela.
Todos os outros animais não tem que se preocupar em ser felizes, afinal, eles podem simplesmente ser! (http://www.youtube.com/watch?v=DRJqrLd7MrE)
Enquanto nós humanos nos frustramos na eterna busca pela felicidade.
Talvez seja apenas isso... Uma busca. Uma eterna busca.
No geral são todos muito egoístas. As pessoas estão tão acostumadas a serem sozinhas e a lutarem sozinhas, que não se dão contam de que do seu lado, tem alguém que luta da mesma forma que você. E lutar junto, é melhor que lutar sozinho.
Mas lutar é uma coisa...
E quando alguém não sabe exatamente pelo que deve lutar? O que há de fazer?
E quando luta, luta, luta... Alcança! E quando chega lá se dá conta de que não é isso, e quer lutar por outra coisa... Tão distante.
Os sonhos são mutáveis. E essa deve ser a brincadeira que a vida mais gosta. Brincar com os nossos quereres... Ela nos prega peças!
Futuro... Próximo e detestável futuro.
Talvez o melhor relacionamento com ele seja simplesmente... Ignorá-lo. Mas não é tão simples assim. Afinal, não somos máquinas ou robozinhos em que escolhemos, apertamos um botão e está feito! São pensamentos, medos e sentimentos angustiantes que do nada resolvem aparecer para atormentar.
É claro que sabemos a resposta. Viver o presente ao máximo!
Mas nem isso é tão fácil assim...
E tem mais! Responde! Porque mesmo assim sempre queremos parecer que estamos felizes?
Sempre tem algo que incomoda, e até nos dias mais felizes, que você está de bem com o mundo, tem uma coisinha lá. Pequena e insignificante. Mais que fica lá te encarando. Te incomodando e fazendo uma feia manchinha chata no seu mundo cor de rosa.
Poxa... Nós, humanos, temos nossos objetivos e sonhos na vida. Coisas que queremos muito alcançar e lutamos para isso. Mas nunca é o bastante.
O tempo para você alcançar um objetivo é o tempo pra esse objetivo não ser mais tão importante pra você, e aí você já quer outro objetivo que está tão longe quanto o primeiro estava há algum tempo atrás.
Nós... Seres humanos somos a espécie mais chata do planeta. E isso tem um motivo! A nossa bendita consciência! Somos infelizmente (ou não) dotados dela.
Todos os outros animais não tem que se preocupar em ser felizes, afinal, eles podem simplesmente ser! (http://www.youtube.com/watch?v=DRJqrLd7MrE)
Enquanto nós humanos nos frustramos na eterna busca pela felicidade.
Talvez seja apenas isso... Uma busca. Uma eterna busca.
No geral são todos muito egoístas. As pessoas estão tão acostumadas a serem sozinhas e a lutarem sozinhas, que não se dão contam de que do seu lado, tem alguém que luta da mesma forma que você. E lutar junto, é melhor que lutar sozinho.
Mas lutar é uma coisa...
E quando alguém não sabe exatamente pelo que deve lutar? O que há de fazer?
E quando luta, luta, luta... Alcança! E quando chega lá se dá conta de que não é isso, e quer lutar por outra coisa... Tão distante.
Os sonhos são mutáveis. E essa deve ser a brincadeira que a vida mais gosta. Brincar com os nossos quereres... Ela nos prega peças!
Futuro... Próximo e detestável futuro.
Talvez o melhor relacionamento com ele seja simplesmente... Ignorá-lo. Mas não é tão simples assim. Afinal, não somos máquinas ou robozinhos em que escolhemos, apertamos um botão e está feito! São pensamentos, medos e sentimentos angustiantes que do nada resolvem aparecer para atormentar.
É claro que sabemos a resposta. Viver o presente ao máximo!
Mas nem isso é tão fácil assim...
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Ele ia...
Uma hora
Novo dia
Canta cotovia!
Meia hora
Meio dia
Fora de harmonia!
Toda hora
Belo dia
Sempre a correria!
Como agora
Essa hora
É de cortesia.
E ele ia...
E ele ia...
Novo dia
Canta cotovia!
Meia hora
Meio dia
Fora de harmonia!
Toda hora
Belo dia
Sempre a correria!
Como agora
Essa hora
É de cortesia.
E ele ia...
E ele ia...
domingo, 17 de agosto de 2008
A saída
Ela não merece!
Quando ele desligou o telefone correu para o andar de baixo. Ele sabia o que estava procurando e sabia exatamente onde iria encontrar. E na terceira gaveta da esquerda, levantou madeira solta e puxou o retrato. Não havia mais jeito.
Não podia negar. Passara um tempo considerável desde a ultima vez que encarara aquela foto. O rosto atual estava muito mais amargo, sem paixão. Sem vida. Os olhos inegavelmente mais fundos e sombrios. Aqueles olhos ele já não encarava há dois meses.
Reparou no sorriso que exibia a moça da foto. Seria impossível que a linda garota da foto, com suas roupas coloridas e um lindo parque como cenário, saberia que um dia se tornaria aquela pessoa tão densa, na qual acabara de gritar ao telefone.
Talvez a união dos dois tenha tornado assim. Talvez ele nunca deveria ter se apaixonado por ela.
Mas não... Era idiotice ficar se culpando! Ele sabia que a culpa era todo dela! Oras... Ela pediu por isso! Implorou com toda força de seu ser baixo e sujo... Que nada aparentava o sorriso meigo da foto.
Agora ele pensava. Pensava como se nunca tivesse feito isso em toda a sua vida. De fato, ele realmente achava que pensar, devia ter se tornado um hábito naquela nova casa em que estava. Sozinho a semanas. Preso no tédio. Os pensamentos passavam os limites. Ele não mais os controlava ou dominava.
Tudo passou muito rápido na memória dele. Várias imagens que se confundiam, e que encaixadas ou não, mostravam a história que já ficara no passado. A história que unia o homem do telefone com a mulher da foto.
Era claro que erros era cometidos por ambas as partes. Mas ela ultrapassava os limites, e ainda por cima o culpava! A mulher que ele antes amara tanto, agora só lhe causava ódio e repulsa. Nojo. E ao mesmo tempo, surgia uma vontade ardente e inexplicável de tê-la novamente. De beijar aqueles lábios quentes... De tocar aquele corpo frágil.
E as duas sensações guerreavam dentro dele como dois animais selvagens. Ferozes.
A decisão já estava tomada. Nunca haveria outra saída.
Ele estava fora de si. Naquelas circunstâncias ele já não existia. Era simplesmente um misto de sensações pulsantes que dominavam um corpo incontrolavelmente. Ela o tornara assim.
Afinal, a morte dela não seria de tanto espanto. Ela já estava morta há anos.
Quando ele desligou o telefone correu para o andar de baixo. Ele sabia o que estava procurando e sabia exatamente onde iria encontrar. E na terceira gaveta da esquerda, levantou madeira solta e puxou o retrato. Não havia mais jeito.
Não podia negar. Passara um tempo considerável desde a ultima vez que encarara aquela foto. O rosto atual estava muito mais amargo, sem paixão. Sem vida. Os olhos inegavelmente mais fundos e sombrios. Aqueles olhos ele já não encarava há dois meses.
Reparou no sorriso que exibia a moça da foto. Seria impossível que a linda garota da foto, com suas roupas coloridas e um lindo parque como cenário, saberia que um dia se tornaria aquela pessoa tão densa, na qual acabara de gritar ao telefone.
Talvez a união dos dois tenha tornado assim. Talvez ele nunca deveria ter se apaixonado por ela.
Mas não... Era idiotice ficar se culpando! Ele sabia que a culpa era todo dela! Oras... Ela pediu por isso! Implorou com toda força de seu ser baixo e sujo... Que nada aparentava o sorriso meigo da foto.
Agora ele pensava. Pensava como se nunca tivesse feito isso em toda a sua vida. De fato, ele realmente achava que pensar, devia ter se tornado um hábito naquela nova casa em que estava. Sozinho a semanas. Preso no tédio. Os pensamentos passavam os limites. Ele não mais os controlava ou dominava.
Tudo passou muito rápido na memória dele. Várias imagens que se confundiam, e que encaixadas ou não, mostravam a história que já ficara no passado. A história que unia o homem do telefone com a mulher da foto.
Era claro que erros era cometidos por ambas as partes. Mas ela ultrapassava os limites, e ainda por cima o culpava! A mulher que ele antes amara tanto, agora só lhe causava ódio e repulsa. Nojo. E ao mesmo tempo, surgia uma vontade ardente e inexplicável de tê-la novamente. De beijar aqueles lábios quentes... De tocar aquele corpo frágil.
E as duas sensações guerreavam dentro dele como dois animais selvagens. Ferozes.
A decisão já estava tomada. Nunca haveria outra saída.
Ele estava fora de si. Naquelas circunstâncias ele já não existia. Era simplesmente um misto de sensações pulsantes que dominavam um corpo incontrolavelmente. Ela o tornara assim.
Afinal, a morte dela não seria de tanto espanto. Ela já estava morta há anos.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
domingo, 3 de agosto de 2008
Corda Bamba
Bom, esse mês para mim começou de uma forma um tanto quanto conturbada por assim dizer... Problemas, surpresas, desconfianças... Se eu fosse descrever a sensação desse finalzinho de julho e de começo de agosto descreveria assim:
''Aqui estou eu... Há vários metros de altura, olhando para o público lá em baixo. Alguns rindo, alguns apreensivos. Alguns querem que eu caia, e me acabe no chão. Esses querem ver literalmente o circo pegar fogo, querem rir da desgraça dos outros. Eles devem achar um passatempo divertido ver os outros se dando mal.
Outros querem que eu consiga, e estão com pressa pra aplaudir no final. Ficam felizes de participar de tal aventura, mesmo que seja de longe... Torcem e a torcida me anima, mas ao mesmo tempo me preocupa. Eu não quero decepcioná-los, e também não quero dar o gostinho da vitória para os que querem meu fracasso.
E eu lá em cima. Olhando para a espessa corda bamba bem na minha frente. Essa corda bamba com obstáculos no meio, e uma grande recompensa no final.
E com todo esse medo e com toda essa vontade, eu estico minha perna para dar o primeiro passo. Eu já ensaiei isso antes, mas o que o público não sabe, é que nos ensaios é totalmente diferente. Não tem pressão, e a altura nunca é tanta. Afinal, se eu cair, duvido que consiga me levantar de novo... E lá estará meu fim. Minha alma e minha derrota.
Meu pé direito encosta no começo da corda bamba. Barulho ocupa todo lugar... Finalmente começou. Barulho entrando pelos meus tímpanos e se alojando no cérebro. Todo tipo de barulho. Gritos das pessoas lá de baixo, dando conselhos... Rindo... Tirando sarro de mim... Torcendo pra mim cair... Pra mim conseguir...
O segundo pé na corda bamba. Agora não tem mais em que apoiar. É somente eu equilibrada pelo meu longo caminho na corda bamba.
Eu me equilibro e olho pra frente. São vários obstáculos. Olho então ao redor. A tenda do circo amarela e vermelha me encarando. Quase devorando meus olhos, entrando dentro deles. E o público lá em baixo... Mas atento do que nunca. Atento ao menor deslize, atento a maior proeza...
Dei os primeiros passos, passei pelos primeiros obstáculos...
Até que de repente...
Escorreguei.
Me segurei no último segundo com a ponta dos meus dedos na corda... Uma vergonha demoníaca tomou conta de mim. Não quero me decepcionar. Não quero decepcionar os que acreditam em mim. Quero provar para os que torcem pela minha queda que eu sou capaz. E quero minha recompensa no final da corda bamba.
Aos poucos coloquei uma perna, subi e graças a Deus consegui me equilibrar de pé novamente na corda bamba, que agora parece estar mais bamba do que nunca.
Então de repente... Uma tranquilidade tão tranquila se estabeleceu dentro de mim que chega até a ser incômoda. O que ela é realmente, ou porque ela veio, acho que nunca serei capaz de explicar. Com ela todo o barulho do circo parou. Eu olhei pro rosto do público lá em baixo... Eles continuavam vivos e com expressões intensas no rosto, mas de suas bocas que se moviam formando palavras e gritos... Não emitiam mais som. Ou melhor, emitiam som, mas esse som já não penetrava mais em meus ouvidos como antes. Eu era imune a eles.
Voltando a concentração dei mais um passo. A altura era imensa. E a queda seria de um dano irreparável. Eu podia tentar voltar e desistir, mas não. Essa hipótese nunca tomou realmente uma forma em meus pensamentos.
Então eu me lembro de todas as outras cordas bambas que presenciei. Aquelas em que os artistas chegavam ao final, e me serviam de exemplo. Eram vencedores. E me lembrei também daqueles que caiam durante o percurso. Tinha muito medo de ser um deles. E ainda havia todas as cordas bambas de outros circos espalhados ao redor do mundo com diversos outros artistas na mesma luta que eu.
Conseguindo ou Perdendo.
Prosseguindo ou desistindo.
Nisso eu dei mais um passo. E aqui estou eu. Olhando pra frente.
Vendo meus obstáculos.
E por enquanto....
Simplesmente me equilibrando.''
''Aqui estou eu... Há vários metros de altura, olhando para o público lá em baixo. Alguns rindo, alguns apreensivos. Alguns querem que eu caia, e me acabe no chão. Esses querem ver literalmente o circo pegar fogo, querem rir da desgraça dos outros. Eles devem achar um passatempo divertido ver os outros se dando mal.
Outros querem que eu consiga, e estão com pressa pra aplaudir no final. Ficam felizes de participar de tal aventura, mesmo que seja de longe... Torcem e a torcida me anima, mas ao mesmo tempo me preocupa. Eu não quero decepcioná-los, e também não quero dar o gostinho da vitória para os que querem meu fracasso.
E eu lá em cima. Olhando para a espessa corda bamba bem na minha frente. Essa corda bamba com obstáculos no meio, e uma grande recompensa no final.
E com todo esse medo e com toda essa vontade, eu estico minha perna para dar o primeiro passo. Eu já ensaiei isso antes, mas o que o público não sabe, é que nos ensaios é totalmente diferente. Não tem pressão, e a altura nunca é tanta. Afinal, se eu cair, duvido que consiga me levantar de novo... E lá estará meu fim. Minha alma e minha derrota.
Meu pé direito encosta no começo da corda bamba. Barulho ocupa todo lugar... Finalmente começou. Barulho entrando pelos meus tímpanos e se alojando no cérebro. Todo tipo de barulho. Gritos das pessoas lá de baixo, dando conselhos... Rindo... Tirando sarro de mim... Torcendo pra mim cair... Pra mim conseguir...
O segundo pé na corda bamba. Agora não tem mais em que apoiar. É somente eu equilibrada pelo meu longo caminho na corda bamba.
Eu me equilibro e olho pra frente. São vários obstáculos. Olho então ao redor. A tenda do circo amarela e vermelha me encarando. Quase devorando meus olhos, entrando dentro deles. E o público lá em baixo... Mas atento do que nunca. Atento ao menor deslize, atento a maior proeza...
Dei os primeiros passos, passei pelos primeiros obstáculos...
Até que de repente...
Escorreguei.
Me segurei no último segundo com a ponta dos meus dedos na corda... Uma vergonha demoníaca tomou conta de mim. Não quero me decepcionar. Não quero decepcionar os que acreditam em mim. Quero provar para os que torcem pela minha queda que eu sou capaz. E quero minha recompensa no final da corda bamba.
Aos poucos coloquei uma perna, subi e graças a Deus consegui me equilibrar de pé novamente na corda bamba, que agora parece estar mais bamba do que nunca.
Então de repente... Uma tranquilidade tão tranquila se estabeleceu dentro de mim que chega até a ser incômoda. O que ela é realmente, ou porque ela veio, acho que nunca serei capaz de explicar. Com ela todo o barulho do circo parou. Eu olhei pro rosto do público lá em baixo... Eles continuavam vivos e com expressões intensas no rosto, mas de suas bocas que se moviam formando palavras e gritos... Não emitiam mais som. Ou melhor, emitiam som, mas esse som já não penetrava mais em meus ouvidos como antes. Eu era imune a eles.
Voltando a concentração dei mais um passo. A altura era imensa. E a queda seria de um dano irreparável. Eu podia tentar voltar e desistir, mas não. Essa hipótese nunca tomou realmente uma forma em meus pensamentos.
Então eu me lembro de todas as outras cordas bambas que presenciei. Aquelas em que os artistas chegavam ao final, e me serviam de exemplo. Eram vencedores. E me lembrei também daqueles que caiam durante o percurso. Tinha muito medo de ser um deles. E ainda havia todas as cordas bambas de outros circos espalhados ao redor do mundo com diversos outros artistas na mesma luta que eu.
Conseguindo ou Perdendo.
Prosseguindo ou desistindo.
Nisso eu dei mais um passo. E aqui estou eu. Olhando pra frente.
Vendo meus obstáculos.
E por enquanto....
Simplesmente me equilibrando.''
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Fotografia
Aprimorando técnicas de fotografia.
Bem... Técnicas, técnicas eu não posso falar que sejam técnicas... São mais técnicas a lá Lívia, se é que eu posso dizer assim.
Mas vamos lá! Temos que confessar, o parque central não é tãããããão bonito assim... Até que eu dei uma boa melhorada nele com essa foto.
Na verdade, assim que fechei o programa de edição e vi a foto pronta, muito me lembrou aquelas fotos de papel de parede de Windows, onde mostra aquelas paisagens absolutamente perfeitas e faz você ficar imaginando... Porra, que lugar do mundo o sujeito achou pra tirar uma foto dessas? E na verdade, todo o mérito pela foto é do photoshop.
domingo, 27 de julho de 2008
Bom Dia, Dia!!!
É... Eu tenho dessas.
Antes de ontem fui atacada por um monstro enorme e gigante, a vontade de sorrir. Pois é! Bateu uma vontade tão grande de arrumar a vida sabe? Já sentiu isso? A vontade de abrir o quarto e arrumar todo o quarda-roupa de uma vez só... De deixar tudo arrumadinho... De ser gentil com as pessoas e de se sentir absolutamente grato pelo que possui.
Essa alegria instantânea que eu nem sei da onde veio permaneceu. E de antes de ontem pra cá só ficou mais forte! É... Eu tenho dessas. Mudanças de humor constantes, radicais e fortes. Tanto que hoje acordei e nem dá pra explicar direito. Eu sei que é uma coisa meio estranha e cotidiana, mas é exatamente aqui que está o ''interessante''. Espreguiçar na cama! Sim! Acho que nunca senti tanto prazer em espreguiçar na cama antes de acordar. Curtindo cada movimento do meu corpo e sentindo cada nuance das cobertas.
Ao abrir as janelas e encarar o céu azul e o sol sorrindo pra mim. Ah... Bom dia, dia! =)
No ônibus foi engraçado! Poxa vida... Eu e meu recente amor pelas pessoas e pelo mundo... Com isso não conseguia conter o meu sorriso, e todos que passavam pelo ônibus me olhavam, e eu sorria de volta... Ganhei alguns sorrisos grátis de algumas pessoas desconhecidas que coincidentemente pegaram o mesmo ônibus que eu... Coincidência...Não existe a coincidência, somente a ilusão da coincidência.
É tão bom ficar na janela olhando as diversas partes do mundo passando por você. Os diversos lugares que você já esteve, e as diversas pessoas que conheceu. Os diversos momentos brilhantes passando suavemente pela sua memória, assim como folhas que delicadamente se desprendem das árvores no outono.
Gratidão. Gratidão por tudo o que você é, por tudo que já foi, e por tudo que ainda será (mesmo você ainda não sabendo o que é).
Sentimento de paz com o mundo, com a vida e com você. =)
Antes de ontem fui atacada por um monstro enorme e gigante, a vontade de sorrir. Pois é! Bateu uma vontade tão grande de arrumar a vida sabe? Já sentiu isso? A vontade de abrir o quarto e arrumar todo o quarda-roupa de uma vez só... De deixar tudo arrumadinho... De ser gentil com as pessoas e de se sentir absolutamente grato pelo que possui.
Essa alegria instantânea que eu nem sei da onde veio permaneceu. E de antes de ontem pra cá só ficou mais forte! É... Eu tenho dessas. Mudanças de humor constantes, radicais e fortes. Tanto que hoje acordei e nem dá pra explicar direito. Eu sei que é uma coisa meio estranha e cotidiana, mas é exatamente aqui que está o ''interessante''. Espreguiçar na cama! Sim! Acho que nunca senti tanto prazer em espreguiçar na cama antes de acordar. Curtindo cada movimento do meu corpo e sentindo cada nuance das cobertas.
Ao abrir as janelas e encarar o céu azul e o sol sorrindo pra mim. Ah... Bom dia, dia! =)
No ônibus foi engraçado! Poxa vida... Eu e meu recente amor pelas pessoas e pelo mundo... Com isso não conseguia conter o meu sorriso, e todos que passavam pelo ônibus me olhavam, e eu sorria de volta... Ganhei alguns sorrisos grátis de algumas pessoas desconhecidas que coincidentemente pegaram o mesmo ônibus que eu... Coincidência...Não existe a coincidência, somente a ilusão da coincidência.
É tão bom ficar na janela olhando as diversas partes do mundo passando por você. Os diversos lugares que você já esteve, e as diversas pessoas que conheceu. Os diversos momentos brilhantes passando suavemente pela sua memória, assim como folhas que delicadamente se desprendem das árvores no outono.
Gratidão. Gratidão por tudo o que você é, por tudo que já foi, e por tudo que ainda será (mesmo você ainda não sabendo o que é).
Sentimento de paz com o mundo, com a vida e com você. =)
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Que dia!
Mais um dia estava começando. Ela abriu os olhos - foi obrigada.
Ontem ela tinha trocado a pilha do despertador, o que significa que ele tocou super alto, deixando-a com uma dor de cabeça considerável até o final do dia. Ao tatear no escuro para desligar o despertador ela bateu acidentalmente o braço em um copo d'água derrubando-o e distribuindo cacos de vidro e gotas de água por todo o chão. Não foi um começo de dia muito feliz. Mas não era tudo... ¬¬
Ao conseguir acender a luz de seu quarto, deu de cara com seu espelho que revelou duas grandes surpresas desagradáveis. Ela ia gritar com certeza, mas quando abriu a boca lembrou de sua dor de cabeça e decidiu controlar e ouvir seu grito de raiva mentalmente.
Bom, vamos por partes. Primeira surpresa desagradável (das várias que ela teve nesse dia): seu cabelo estava totalmente armado, embaraçado, e amassado. Descabelado. Depois de alguns segundos inquietantes ela entendeu o porque. Ontem a noite ela tinha tomado banho e lavado o cabelo, afinal, queria acordar bonita hoje. Era um grande dia. Mas ela estava tão cansada que acabou se deitando com o cabelo molhado e embaraçado, e percebeu que caíra no sono. Seu cabelo secara no travesseiro amassado, e isso era uma verdade incontestável: estava horrível.
Segunda surpresa desagradável: Ela recebeu o troco pelos chocolates caros que havia comprado. Uma espinha gigantesca brilhava púrpura bem em baixo do seu nariz.
Levantou rápido da cama. Pegou uma vassoura e um pano, e o mais rápido que pode arrumou a bagunça do copo d'água. Em seguida, pegou um pente e começou a arrumar o cabelo. Mas não demorou muito chegou na última conclusão que pretendia chegar: era inútil. Por mais que penteasse, arrumasse, passasse creme, molhasse... Não adiantava. Uma vez que acordou mau-humorado, mau-humorado iria ficar.
Ok, tentando o máximo que podia manter a calma, usando gel fez um rabo de cavalo razoável e passou para o segundo problema imediato: a espinha. Ok, não adiantaria passar pomada agora, afinal ainda não haviam inventado uma pomada power contra espinhas que resolvesse o problema imediatamente com um ''pluft''. Então fez o que podia: apelou. Tentou espremer.... AAHHH!!! Não adiantou. Tudo o que conseguiu foi que seu rosto inchasse ainda mais e a espinha ficasse mais vermelha. Chegou a outra conclusão: vai inflamar.
Tudo bem, não dava pra perder mais tempo. Abriu o guarda-roupa e pegou a roupa limpinha e passada que separou ontem a noite para o dia de hoje. Mas, perai... Cadê a blusa? Ahhh... Agora já era demais! Ainda controlada, mas internamente muito nervosa, saiu pela casada a procura da blusa. Não! Não podia ser! O tempo pareceu parar por alguns segundos quando ela viu sua blusa, que separara com tanto carinho... Agora suja de pelo, junto com o cobertor do cachorro.
Correu para o quarto. Precisava de um plano B. Encontrou outra blusa, não era nenhum pouco o que ela pretendia usar hoje, mas ainda sim vestiu, se sentindo a pessoa mais feia e azarada da fase da Terra.
No geral era uma pessoa calma, mas hoje, quando ela mais queria ter sorte... Justo hoje! Justo não... Justo é que não era...
Após ter derrubado a pasta de dente, e engasgado com água (sim, isso aconteceu!) ela saiu apressada de casa para o ponto de ônibus. É claro que tinha seu próprio carro. Um dos últimos lançamentos! Mas semana passada ela dera uma leva batida na porta da garagem. Não foi sua culpa oras! Ela tinha pressa para chegar a tempo. Aliás, pressa é com ela mesmo! Está sempre apressada para ir de um lugar ao outro.
Riu baixinho. Quando ela está em alto estado nervoso ela começa a conversar com si mesma: ''Ai... Só o que falta é eu perder o ônibus mesmo chegando 15 minutos antes!''. Bom, tecnicamente ela não perdeu o ônibus, pois subiu nele no horário certo. No certo horário que um assaltante apontou uma arma ao cobrador e gritou ''Todo mundo calmo que eu não quero ter que machucar ninguém! Pego a grana e dou o fora!''
Pronto. Você já foi assaltado? Já viu uma arma de perto virar na sua direção? Espero que não, mas se já foi, você sabe exatamente o que ela sentiu. O tempo pareceu congelar, e inacreditavelmente, ela estava calma. Com o coração disparando, mas o cérebro calmo. Nunca tivera a sensação de que estava controlando tanto seus pensamentos, e tão consciente deles. Seu coração bateu mais forte ainda, e seu pensamento ficou mais calmo ainda quando o assaltante apontou a arma para ela e disse: ''Dona, dá aí essa bolsa! Dá!'' Ela calmamente passou a bolsa que continha cartão de crédito, cheques, celular, mp4 e dez mil reais em dinheiro. O assaltante pegou a bolsa (sem imaginar o seu real valor) e o dinheiro do ônibus e saiu correndo. Subiu na garupa de uma moto que esperava ele do lado do ônibus e fugiram em rápida velocidade.
Ela sentou no fundo do ônibus e foi até o ponto final. O ponto em que iria descer já tinha passado a muito tempo, mas agora ela já não tinha como objetivo ir para lá. Aliás, agora ela não tinha um objetivo para o dia. Então não tinha pressa para realizar nada. Desceu do ônibus com calma, aproveitando para olhar as pessoas, a estação, os cachorros na rua... Olhou tudo como se nunca tivesse visto nada disso na vida. Como se fosse coisa de outro mundo. E realmente era. Não era esse mundo em que estava acostumada a ver... Nunca reparara em coisas tão mundanas...
Descobriu um parque perto dali.
Entrou, e no mesmo estado de absorção total de todas as qualidades do mundo sentou em baixo de uma árvore e ficou observando as crianças brincarem. Elas não tinham pressa ou obrigações. Estavam lá simplesmente porque estavam. E como estavam decidiam se divertir a todo custo. Balanços, gira-giras, pique-esconde, e risadas enchiam o parque de vida. Ela se lembrou então de como era divertido. Crescera com pais separados, mas tinha uma lembraça de um dia seu pai ter ido junto com ela a um parquinho.
Meu Deus... Que dia!
Deu uma risada ao brincar com suas lembranças, e também ao imaginar o que os sócios da empresa deveriam estar pensando agora. Um grande negócio, e um enorme contrato deveriam estar assinando agora. Mas não estava preocupada.
Estava contente em ter ar em seus pulmões e a oportunidade de respirá-lo lentamente. Sem pressa.
Deitou na grama ao observar o formato das nuvens.
Ontem ela tinha trocado a pilha do despertador, o que significa que ele tocou super alto, deixando-a com uma dor de cabeça considerável até o final do dia. Ao tatear no escuro para desligar o despertador ela bateu acidentalmente o braço em um copo d'água derrubando-o e distribuindo cacos de vidro e gotas de água por todo o chão. Não foi um começo de dia muito feliz. Mas não era tudo... ¬¬
Ao conseguir acender a luz de seu quarto, deu de cara com seu espelho que revelou duas grandes surpresas desagradáveis. Ela ia gritar com certeza, mas quando abriu a boca lembrou de sua dor de cabeça e decidiu controlar e ouvir seu grito de raiva mentalmente.
Bom, vamos por partes. Primeira surpresa desagradável (das várias que ela teve nesse dia): seu cabelo estava totalmente armado, embaraçado, e amassado. Descabelado. Depois de alguns segundos inquietantes ela entendeu o porque. Ontem a noite ela tinha tomado banho e lavado o cabelo, afinal, queria acordar bonita hoje. Era um grande dia. Mas ela estava tão cansada que acabou se deitando com o cabelo molhado e embaraçado, e percebeu que caíra no sono. Seu cabelo secara no travesseiro amassado, e isso era uma verdade incontestável: estava horrível.
Segunda surpresa desagradável: Ela recebeu o troco pelos chocolates caros que havia comprado. Uma espinha gigantesca brilhava púrpura bem em baixo do seu nariz.
Levantou rápido da cama. Pegou uma vassoura e um pano, e o mais rápido que pode arrumou a bagunça do copo d'água. Em seguida, pegou um pente e começou a arrumar o cabelo. Mas não demorou muito chegou na última conclusão que pretendia chegar: era inútil. Por mais que penteasse, arrumasse, passasse creme, molhasse... Não adiantava. Uma vez que acordou mau-humorado, mau-humorado iria ficar.
Ok, tentando o máximo que podia manter a calma, usando gel fez um rabo de cavalo razoável e passou para o segundo problema imediato: a espinha. Ok, não adiantaria passar pomada agora, afinal ainda não haviam inventado uma pomada power contra espinhas que resolvesse o problema imediatamente com um ''pluft''. Então fez o que podia: apelou. Tentou espremer.... AAHHH!!! Não adiantou. Tudo o que conseguiu foi que seu rosto inchasse ainda mais e a espinha ficasse mais vermelha. Chegou a outra conclusão: vai inflamar.
Tudo bem, não dava pra perder mais tempo. Abriu o guarda-roupa e pegou a roupa limpinha e passada que separou ontem a noite para o dia de hoje. Mas, perai... Cadê a blusa? Ahhh... Agora já era demais! Ainda controlada, mas internamente muito nervosa, saiu pela casada a procura da blusa. Não! Não podia ser! O tempo pareceu parar por alguns segundos quando ela viu sua blusa, que separara com tanto carinho... Agora suja de pelo, junto com o cobertor do cachorro.
Correu para o quarto. Precisava de um plano B. Encontrou outra blusa, não era nenhum pouco o que ela pretendia usar hoje, mas ainda sim vestiu, se sentindo a pessoa mais feia e azarada da fase da Terra.
No geral era uma pessoa calma, mas hoje, quando ela mais queria ter sorte... Justo hoje! Justo não... Justo é que não era...
Após ter derrubado a pasta de dente, e engasgado com água (sim, isso aconteceu!) ela saiu apressada de casa para o ponto de ônibus. É claro que tinha seu próprio carro. Um dos últimos lançamentos! Mas semana passada ela dera uma leva batida na porta da garagem. Não foi sua culpa oras! Ela tinha pressa para chegar a tempo. Aliás, pressa é com ela mesmo! Está sempre apressada para ir de um lugar ao outro.
Riu baixinho. Quando ela está em alto estado nervoso ela começa a conversar com si mesma: ''Ai... Só o que falta é eu perder o ônibus mesmo chegando 15 minutos antes!''. Bom, tecnicamente ela não perdeu o ônibus, pois subiu nele no horário certo. No certo horário que um assaltante apontou uma arma ao cobrador e gritou ''Todo mundo calmo que eu não quero ter que machucar ninguém! Pego a grana e dou o fora!''
Pronto. Você já foi assaltado? Já viu uma arma de perto virar na sua direção? Espero que não, mas se já foi, você sabe exatamente o que ela sentiu. O tempo pareceu congelar, e inacreditavelmente, ela estava calma. Com o coração disparando, mas o cérebro calmo. Nunca tivera a sensação de que estava controlando tanto seus pensamentos, e tão consciente deles. Seu coração bateu mais forte ainda, e seu pensamento ficou mais calmo ainda quando o assaltante apontou a arma para ela e disse: ''Dona, dá aí essa bolsa! Dá!'' Ela calmamente passou a bolsa que continha cartão de crédito, cheques, celular, mp4 e dez mil reais em dinheiro. O assaltante pegou a bolsa (sem imaginar o seu real valor) e o dinheiro do ônibus e saiu correndo. Subiu na garupa de uma moto que esperava ele do lado do ônibus e fugiram em rápida velocidade.
Ela sentou no fundo do ônibus e foi até o ponto final. O ponto em que iria descer já tinha passado a muito tempo, mas agora ela já não tinha como objetivo ir para lá. Aliás, agora ela não tinha um objetivo para o dia. Então não tinha pressa para realizar nada. Desceu do ônibus com calma, aproveitando para olhar as pessoas, a estação, os cachorros na rua... Olhou tudo como se nunca tivesse visto nada disso na vida. Como se fosse coisa de outro mundo. E realmente era. Não era esse mundo em que estava acostumada a ver... Nunca reparara em coisas tão mundanas...
Descobriu um parque perto dali.
Entrou, e no mesmo estado de absorção total de todas as qualidades do mundo sentou em baixo de uma árvore e ficou observando as crianças brincarem. Elas não tinham pressa ou obrigações. Estavam lá simplesmente porque estavam. E como estavam decidiam se divertir a todo custo. Balanços, gira-giras, pique-esconde, e risadas enchiam o parque de vida. Ela se lembrou então de como era divertido. Crescera com pais separados, mas tinha uma lembraça de um dia seu pai ter ido junto com ela a um parquinho.
Meu Deus... Que dia!
Deu uma risada ao brincar com suas lembranças, e também ao imaginar o que os sócios da empresa deveriam estar pensando agora. Um grande negócio, e um enorme contrato deveriam estar assinando agora. Mas não estava preocupada.
Estava contente em ter ar em seus pulmões e a oportunidade de respirá-lo lentamente. Sem pressa.
Deitou na grama ao observar o formato das nuvens.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
De repende 18...
Faltando pouquíssimo tempo para o dia 7 de Agosto, e instantaneamente serei adulta.
Não que eu acredite muito nisso, afinal, acho difícil que eu, um ser humano de alta capacidade confusa consiga realmente um dia ''ser adulta'' e agir como tal.
Olhar pro calendário e ver que os 18 anos finalmente chegaram não é fácil! Na verdade é muito mais difícil do que as pessoas mostram ou pensam.
Afinal, sua infância, sua escola, o tempo em que tinham pessoas legalmente responsáveis por você acabou! E vejam bem, isso é realmente uma coisa importante que não deve passar em branco! Pô! Agora se você beber até cair e roubar um carro não vai ter pais para se responsabilizar por você! Não que eu ache que um dia chegaria a roubar um carro por motivos alcoólicos, mas a sensação de que eu poderia fazer se quisesse e meus pais seriam os responsáveis legais acabou! Na verdade mesmo, eu nem tenho certeza de que nesse caso específico os pais seriam responsáveis, talvez eu pergunte a algum estudante de direito mais tarde...
Mas o que eu quero dizer: as pessoas não dão, ou pelo menos não demonstram dar o devido valor para seus respectivos aniversários de 18 anos... E quando eu digo valor, não me refiro a festas e comemorações, não! Nada disso! Aliás nunca gostei de comemorar meu aniversário... Mas dar valor ao fato de que não é mais um bebê e isso acabou, já foi, nunca voltará!
Poxa... Eu me lembro que há não muito tempo atrás, cerca de uns 4 anos, tudo o que eu queria na vida era ter 18! Naquele tempo, pra mim ter dezoito anos parecia a solução óbvia e instantânea para todos os meus problemas... Eu ficava pensando, como eu estarei aos 18? Afinal, não é segredo pra ninguém que me conheça á alguns anos que eu sou praticamente a ''Metamorfose Ambulante'' (obrigada Raul!)! Mas agora, olhando pra trás parece muito óbvio que era esse o caminho que eu iria seguir. O Caminho entre Panos, se é que posso chamá-lo assim. Não vejo hoje uma maneira de ter tomado outras decisões ou outros caminhos na vida que construi até agora. Tenho minhas dúvidas e medos, mas no geral estou feliz com a decisões que tomei! E me parece impossível ter tomado outras!
Algumas pessoas me disseram que não é motivo de desespero ou deprê, de ficar olhando pra trás e vendo tudo que já passou e que não poderá voltar... Mas é motivo de alegria! E sim! Várias pessoas enxergam como um finalmente! Liberdade! Sexo, drogas e Rock'n'roll! E tem um ''Q'' de verdade nisso realmente... É bom olhar pra frente e ver que é o agora. Finalmente chegou. A hora de você tomar decisões, e guiar seu futuro, e lutar por ele! Mas é exatamente essa luta! Acabou o esquema ''escola, cinema, clube e televisão'' (obrigada Renato Russo)! Começa agora a cobrança! Sim! Grande e temida cobrança que assombra os piores pesadelos dos jovens! Emprego, cursinho, faculdade, e principalmente.... GRANA! Você tem que ter a sua!
E aí passamos mais uma vez para a ''deprê''...
18 anos... Vamos pesar os prós e os contras... Motivo de deprê ou de alegria??
Bom, isso é uma prévia resumida da confusão e dos meus pensantes devaneios que enchem a meu crânio e se alojam entupindo meus neurônios.
Na real verdade, não deveria haver tanto motivo para tudo isso... Afinal, é meio estranho uma garota que se emancipou aos 17 anos estar com o que algumas pessoas podem chamar de ''drama''... Aliás, no orkut por exemplo, eu já tenho 18 anos há 4 anos! E sou legalmente responsável já faz 1 ano devido a emancipação. Mas fica a sensação de que isso era de brincadeira, e agora que o calendário mostra o 7 de agosto bem perto, agora sim... Agora é pra valer...
Estava eu ontem abrindo minha agenda no dia do meu aniversário, e olhe só! Encontrei uma mensagem (eu juro que não lembro de ter escrito) de mim para mim mesma! Afinal, eu sabia que quando estivesse chegando perto do meu níver eu não iria resistir a tentação de um gostinho muito simples: abrir o calendário no dia do aniversário! E ali estava escrito em caneta laranja:
'' Feliz Aniversário Lívia! Finalmente você faz 18 anos! =)
Como você estará hoje hein? No mínimo confusa... rs =S ''
Sim, podemos dizer então que o meu eu do passado realmente acertou algo sobre o meu eu do futuro dele, que é o meu eu do presente.
Agora fica uma dúvida...
Poxa, será que esses pensamentos, essas sensações...
Vai se repetir tudo de novo quando eu estiver prestes a fazer 21? =S
Não que eu acredite muito nisso, afinal, acho difícil que eu, um ser humano de alta capacidade confusa consiga realmente um dia ''ser adulta'' e agir como tal.
Olhar pro calendário e ver que os 18 anos finalmente chegaram não é fácil! Na verdade é muito mais difícil do que as pessoas mostram ou pensam.
Afinal, sua infância, sua escola, o tempo em que tinham pessoas legalmente responsáveis por você acabou! E vejam bem, isso é realmente uma coisa importante que não deve passar em branco! Pô! Agora se você beber até cair e roubar um carro não vai ter pais para se responsabilizar por você! Não que eu ache que um dia chegaria a roubar um carro por motivos alcoólicos, mas a sensação de que eu poderia fazer se quisesse e meus pais seriam os responsáveis legais acabou! Na verdade mesmo, eu nem tenho certeza de que nesse caso específico os pais seriam responsáveis, talvez eu pergunte a algum estudante de direito mais tarde...
Mas o que eu quero dizer: as pessoas não dão, ou pelo menos não demonstram dar o devido valor para seus respectivos aniversários de 18 anos... E quando eu digo valor, não me refiro a festas e comemorações, não! Nada disso! Aliás nunca gostei de comemorar meu aniversário... Mas dar valor ao fato de que não é mais um bebê e isso acabou, já foi, nunca voltará!
Poxa... Eu me lembro que há não muito tempo atrás, cerca de uns 4 anos, tudo o que eu queria na vida era ter 18! Naquele tempo, pra mim ter dezoito anos parecia a solução óbvia e instantânea para todos os meus problemas... Eu ficava pensando, como eu estarei aos 18? Afinal, não é segredo pra ninguém que me conheça á alguns anos que eu sou praticamente a ''Metamorfose Ambulante'' (obrigada Raul!)! Mas agora, olhando pra trás parece muito óbvio que era esse o caminho que eu iria seguir. O Caminho entre Panos, se é que posso chamá-lo assim. Não vejo hoje uma maneira de ter tomado outras decisões ou outros caminhos na vida que construi até agora. Tenho minhas dúvidas e medos, mas no geral estou feliz com a decisões que tomei! E me parece impossível ter tomado outras!
Algumas pessoas me disseram que não é motivo de desespero ou deprê, de ficar olhando pra trás e vendo tudo que já passou e que não poderá voltar... Mas é motivo de alegria! E sim! Várias pessoas enxergam como um finalmente! Liberdade! Sexo, drogas e Rock'n'roll! E tem um ''Q'' de verdade nisso realmente... É bom olhar pra frente e ver que é o agora. Finalmente chegou. A hora de você tomar decisões, e guiar seu futuro, e lutar por ele! Mas é exatamente essa luta! Acabou o esquema ''escola, cinema, clube e televisão'' (obrigada Renato Russo)! Começa agora a cobrança! Sim! Grande e temida cobrança que assombra os piores pesadelos dos jovens! Emprego, cursinho, faculdade, e principalmente.... GRANA! Você tem que ter a sua!
E aí passamos mais uma vez para a ''deprê''...
18 anos... Vamos pesar os prós e os contras... Motivo de deprê ou de alegria??
Bom, isso é uma prévia resumida da confusão e dos meus pensantes devaneios que enchem a meu crânio e se alojam entupindo meus neurônios.
Na real verdade, não deveria haver tanto motivo para tudo isso... Afinal, é meio estranho uma garota que se emancipou aos 17 anos estar com o que algumas pessoas podem chamar de ''drama''... Aliás, no orkut por exemplo, eu já tenho 18 anos há 4 anos! E sou legalmente responsável já faz 1 ano devido a emancipação. Mas fica a sensação de que isso era de brincadeira, e agora que o calendário mostra o 7 de agosto bem perto, agora sim... Agora é pra valer...
Estava eu ontem abrindo minha agenda no dia do meu aniversário, e olhe só! Encontrei uma mensagem (eu juro que não lembro de ter escrito) de mim para mim mesma! Afinal, eu sabia que quando estivesse chegando perto do meu níver eu não iria resistir a tentação de um gostinho muito simples: abrir o calendário no dia do aniversário! E ali estava escrito em caneta laranja:
'' Feliz Aniversário Lívia! Finalmente você faz 18 anos! =)
Como você estará hoje hein? No mínimo confusa... rs =S ''
Sim, podemos dizer então que o meu eu do passado realmente acertou algo sobre o meu eu do futuro dele, que é o meu eu do presente.
Agora fica uma dúvida...
Poxa, será que esses pensamentos, essas sensações...
Vai se repetir tudo de novo quando eu estiver prestes a fazer 21? =S
quinta-feira, 3 de julho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
A Little Priest
(...)
A história do Mundo, meu amor....
Poupará muitos túmulos
Será um favor aos Parentes
É os que estão abaixo, servindo os de cima !
Todos se barbeiam, haverá bastante sabores.
Que gratificante será, pelo menos uma vez,
Os lá de cima servindo os de baixo! (...)
A história do Mundo, meu amor....
Poupará muitos túmulos
Será um favor aos Parentes
É os que estão abaixo, servindo os de cima !
Todos se barbeiam, haverá bastante sabores.
Que gratificante será, pelo menos uma vez,
Os lá de cima servindo os de baixo! (...)
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Burton's...
Tim Burton nos surpreende mais uma vez...
Sem fugir do seu estilo, desta vez com o musical Sweeney Todd.
Burton + Depp + Carter + Rickman
É muita coisa boa pra um filme só! Ele mantém um clima sombrio diferente, aquele clima que só Tim Burton sabe dar. Seus personagens darks e ao mesmo tempo tão carismáticos. As músicas são tão... Perfeitas! Tudo se encaixa perfeitamente bem.
Quando a gente pensa que Burton não pode fazer melhor do que já fez, ele vai lá e prova o contrário.
Todos do elenco surpreenderam.
Lindo...
''Adaptação do musical da Broadway, “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” traz Johnny Depp no papel de Benjamin Barker, um homem condenado por um crime que não cometeu e que retorna do exílio muitos anos mais tarde para descobrir sua mulher morta e sua filha nas mãos do juiz que o condenou. Na loucura de sua sede de vingança, ele assume a alcunha de Sweeney Todd, montando uma barbearia sobre a loja de tortas de sua cúmplice, a Sra. Lovett (Helena Bonham Carter). Mantendo-se entre o terror e o musical, “Sweeney Todd” é mais uma excelente parceria entre o diretor Tim Burton e o ator Johnny Depp.''
terça-feira, 10 de junho de 2008
Cartas
Apurando os sentidos...
Resgatanto e Recuperando Prazeres Perdidos...
Aprendendo os cheiros e as sensações...
Sentindo o vento e os gostos...
Procurando por pequenos prazeres...
Lendo e escrevendo cartas.
___________________
Hoje em dia não nos sobre tempo nem pra pensar no próprio.
Internet, e-mail, telefone, celulares, msn...
E um dia você resolve realmente escrever uma carta para alguém.
Com a sua letra, a sua caneta e seu papel.
Prazeres que hoje estão perdidos.
Quantas cartas você escreveu na sua vida? E quantas teve coragem de enviar?
E quantas vezes você sentiu aquele terno gostinho e ir abrir a porta de casa pra alguém entrar e lá no chão encontrar uma carta de alguém que você tanto gosta? Que tanto ama... Tanto sente falta... Tanto, tanto, tanto....
Receber e enviar cartas. Uma das coisas mais gostosas da vida! =)
Mais um pequeno grande prazer recuperado!
Resgatanto e Recuperando Prazeres Perdidos...
Aprendendo os cheiros e as sensações...
Sentindo o vento e os gostos...
Procurando por pequenos prazeres...
Lendo e escrevendo cartas.
___________________
Hoje em dia não nos sobre tempo nem pra pensar no próprio.
Internet, e-mail, telefone, celulares, msn...
E um dia você resolve realmente escrever uma carta para alguém.
Com a sua letra, a sua caneta e seu papel.
Prazeres que hoje estão perdidos.
Quantas cartas você escreveu na sua vida? E quantas teve coragem de enviar?
E quantas vezes você sentiu aquele terno gostinho e ir abrir a porta de casa pra alguém entrar e lá no chão encontrar uma carta de alguém que você tanto gosta? Que tanto ama... Tanto sente falta... Tanto, tanto, tanto....
Receber e enviar cartas. Uma das coisas mais gostosas da vida! =)
Mais um pequeno grande prazer recuperado!
domingo, 8 de junho de 2008
Nordestina
EXISTE UMA MÁQUINA EM TODO LUGAR
ESPERANDO O MOMENTO DE PODER TE ENCONTRAR.
E QUANDO ISSO ACONTECE SENTIMOS MEDO DA MORTE
MAS PODEMOS CONTAR SEMPRE COM A SORTE.
HÁ UMA NORDESTINA PRA GENTE SONHAR
EXISTE AINDA SONHOS QUE QUEREMOS REALIZAR
GOSTARIA DE DAR O MUNDO A VOCÊ
E PRA QUE ISTO OCORRA BASTA SÓ VOCÊ QUERER
EU QUERIA PODER FAZER O TEMPO PARAR
PARA HOJE E SEMPRE PODERMOS NOS AMAR
HÁ UMA NORDESTINA PRA GENTE SONHAR
EXISTE AINDA SONHOS QUE QUEREMOS REALIZAR
ESPERANDO O MOMENTO DE PODER TE ENCONTRAR.
E QUANDO ISSO ACONTECE SENTIMOS MEDO DA MORTE
MAS PODEMOS CONTAR SEMPRE COM A SORTE.
HÁ UMA NORDESTINA PRA GENTE SONHAR
EXISTE AINDA SONHOS QUE QUEREMOS REALIZAR
GOSTARIA DE DAR O MUNDO A VOCÊ
E PRA QUE ISTO OCORRA BASTA SÓ VOCÊ QUERER
EU QUERIA PODER FAZER O TEMPO PARAR
PARA HOJE E SEMPRE PODERMOS NOS AMAR
HÁ UMA NORDESTINA PRA GENTE SONHAR
EXISTE AINDA SONHOS QUE QUEREMOS REALIZAR
Fábio Mariano
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Sem Tempo
Sem tempo de novas postagens.
Sem tempo de pensar no tempo.
Sem tempo de concluir.
O tempo passa e não tem piedade.
Você não sabe se você passa pelo tempo, ou se é ele que passa por você.
Ele nos corrói e nos desgasta. Passa e já passou.
O agora não é mais agora, já foi. Já é passado.
E o que agora é futuro já chegou e já passou. Virou passado.
O tempo marca a vida e deixa marcas. No corpo e no rosto, na memória, nos livros e nas fotos.
Foto. É algo uma imagem de algo que você já foi e não é mais. Fico perdido no tempo.
Se eu pudesse voltar no tempo eu só iria fazer uma coisa: viver exatamente tudo de novo. Não mudaria nada. Sejam coisas boas ou ruins, aconteceram no seu próprio tempo, que era o tempo certo pra acontecer.
Tudo é e acontecesse no seu próprio tempo. Que não tem jeito de acalmar ou apressar, para ou retornar. Apenas lembrar.
O tempo é uma criança levada que prega peças, se esconde e nunca para. Te dá um susto, e te faz sorrir. Te irrita e te deixa nervoso. Brinca com você enquanto você brinca dele.
Sem tempo de pensar no tempo.
Sem tempo de concluir.
O tempo passa e não tem piedade.
Você não sabe se você passa pelo tempo, ou se é ele que passa por você.
Ele nos corrói e nos desgasta. Passa e já passou.
O agora não é mais agora, já foi. Já é passado.
E o que agora é futuro já chegou e já passou. Virou passado.
O tempo marca a vida e deixa marcas. No corpo e no rosto, na memória, nos livros e nas fotos.
Foto. É algo uma imagem de algo que você já foi e não é mais. Fico perdido no tempo.
Se eu pudesse voltar no tempo eu só iria fazer uma coisa: viver exatamente tudo de novo. Não mudaria nada. Sejam coisas boas ou ruins, aconteceram no seu próprio tempo, que era o tempo certo pra acontecer.
Tudo é e acontecesse no seu próprio tempo. Que não tem jeito de acalmar ou apressar, para ou retornar. Apenas lembrar.
O tempo é uma criança levada que prega peças, se esconde e nunca para. Te dá um susto, e te faz sorrir. Te irrita e te deixa nervoso. Brinca com você enquanto você brinca dele.
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