"Um caminho que se percorre não com pernas, mas com coração. E onde o único desafio que vale, é percorrê-lo por inteiro."


domingo, 20 de dezembro de 2009

Como construir um espetáculo?

Muito bem... Vamos por passos simples, e cobrindo o básico...
Este é meu projeto do 1º ano da Faculdade de Artes Cênicas, da Universidade Anhembi Morumbi. A matéria se chama "Projeto Experimental".
Sejam bem vindos a um resuminho bem básico do nosso processo experimental de 5 meses de trabalho... =)

Parte de mim
Músicas de Dorival Caymmi
Orientação: Paulo Marcos
Elenco: Carla Marco, Dan Sinclair, Guilherme Holland, Guto Moura, Lívia Lunardi, Melca Medeiros e Nadja Mahlmann



Primeiramente, encontre um grupo que você tenha afinidades, e com muita garra pra trabalhar...

Passe muitas horas da sua vida discutindo, odiando e amando muito cada pessoa do grupo.
Tenha um convívio intenso ao máximo. Diário.
Conversem infinitamente, ensaiem, e pense em cada mínimo detalhe do espetáculo.
Pense no dinheiro, faça um orçamento, e decida a melhor forma de arranjar a grana em grupo.


Nós decidimos por trabalhar muito pedindo dinheiro no farol, levando nossos clowns...


Após passar horas e horas a fio debaixo do sol, sendo rejeitado por alguns, e acolhido por outros, finalmente conte as moedas e veja que você tem o dinheiro para seu tão sonhado projeto!
Compre os figurinos e o material de cenografia, e continue ensaiando muito, infinitamente...
Não se esqueça, não se canse nunca!
Continue com a paixão pelo seu projeto em mente!
Ensaie realmente muito, e continue ensaiando...
E continue ensaiando...

Faça testes de maquiagem para ter certeza de que tudo sairá conforme o planejado...


Compre o material de cenografia, e mãos na massa!
Construa o seu cenário com muito amor e carinho!
Dê uma pequena pausa para fazer um lanche na rua, no lugar mais barato que encontrar, afinal, são todos artistas, e estão todos falidos...

E volte ao trabalho!!!



Em dia de apresentação, chegue muito cedo. As 7 da manhã.
E comece a pensar em como fazer funcionar sua cenografia...

Esse é um bom momento para você perder o medo de levar choque ou despencar de cima do teatro... Suba lá, e comece a arrumar a iluminação e o cenário...


Não desista!!! Coragem! E não caia!

Finalmente, chegando na hora...
Faça sua maquiagem com calma, não erre nada!

Vista seu figurino, e comece a aquecer sua voz...

Ainda dá tempo de comer uma maça se você quiser...


Depois do aquecimento, vá para o palco e simplesmente...


CONFIE! E DÊ O MELHOR DE SI!




Depois de arrasar no espetáculo... receba os aplausos do público! E sinta-se orgulho de seu trabalho!


Agradeça seu orientador, por tudo! E por tudo que você aprendeu com ele.

Agradeça sua amiga fotógrafa, que fez de graça as fotos do espetáculo pro seu grupo!

Valeu Kááá! Você arrasou! Muito Obrigada!

E no final, tenha sempre em mente todo o processo, e seu aprendizado. O que ele trouxe para você. Sinta a falta desse espetáculo, que não voltará mais.

Mais um processo se foi, mais um espetáculo, mais um aprendizado...

Sinta-se agradecido por viver de teatro, e sinta-se vivo. =)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vestígio

Quero gotas de chuva no meu rosto
Sentir o gosto
Sentir no olfato o fato cheiro de chuva
Que me abusa

Buscar e contra os outros caminhar
Estar, fazer, lutar
Me importar e não me importar
Ser e estar

Tirar o sapato no asfalto
Chão sujo molhado
E na beleza daquele ato
Brotar o fato

Enfatizando o que ficou-se por fatiar
Cada um com a sua parte
Cada parte
Meu lar

domingo, 15 de novembro de 2009

Meu amigo Playmobil

Pra quê?
Manipulados,humilhados, completamente robotizados...

Conosco? Fazem de tudo, abusam de tudo.
Comandam.

Nós? Aceitamos tudo.
De sorriso simpático.
Continuamos a jornada.
Sem reclamar.
Afinal? Assim é mais fácil.
O que somos?
Bonecos de plástico.



Tem horas que só ele me entende.

Ele é belo, compreensivo.
Bonitão e simpático.
Quando eu faço burradas na minha vida, sempre cometo os piores erros...
Mas ele sempre está lá...
Com aquele sorriso sincero...
Sempre pronto pra me abrigar no castanho de seus olhos...
Ele me compreende, me entende, e me protege de todo o mal.
São tantos momentos e recordações, que quando penso nele só me vem uma coisa na mente...
Amor.
Um amor, uma amizade tão pura que é capaz de tudo!
Porque amigos temos muito poucos nessa vida...
Nos momentos em que mais precisei você estava lá comigo...
E essa é a minha homenagem amigo... A você!
Feliz companheiro boneco!

Meu amigo Playmobil!

domingo, 1 de novembro de 2009

E mais selinhos inhos!

E só to aparecendo por aqui pra postar selos!! rs
Prometo que meu próximo post será mais inteligente... rsrs

Esses eu recebi do querido amigo Mauro do blog Koisas e Coisas.

Valeuuu queridoooo! =)



Meus cinco indicados pro selo:


Um pouco de Açúcar...

Leituras Urbanas

Expressão e Liberdade!

Blog da Patrícia Andréa

Mahjestic


Esse deixo para todos que quiserem postar... pode pegar se quiser! =)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ufa!

O último fim de semana, dias 26 e 27, estreei meu último espetáculo, "A Serpente" de Nelson Rodrigues, adaptado pelo meu grupo, o Artinçana.
Fazer essa peça sair foi um verdadeiro parto.
Sabe quando tudo anda contra você?
Pois é... Cada mínima coisa parecia que estava indo contra a gente, e ainda nem acredito muito bem que conseguimos estrear, ainda que com alguns problemas...
Com tanta coisa que atrasou o nosso processo, não tínhamos muita opção... Nossa estréia estava marcada dentro de uma mostra na Cia da Matilde, companhia de São Caetano que desenvolve o projeto.
Não tínhamos muita escolha, quando nos demos conta tínhamos uma semana pra fazer muita coisa. Foi uma das semanas mais corridas da minha vida.

Apesar dos pesares enfim, estreamos graças Dionísio, que nunca nos abandona!
Temos planos futuros pra peça, que podem funcionar, ou não... rs
Mas antes queremos realizar algumas mudanças e pensar com calma sobre diversos assuntos internos no grupo.

Enquanto isso... Vou deixar gostinho da peça! hehe


Sinopse: “A serpente”, inspirada na obra de Nelson Rodrigues, é a tragédia de duas irmãs, Guida e Lígia, que se casam no mesmo dia e vão morar no mesmo apartamento. Enquanto Guida vive feliz e satisfeita com seu marido, Paulo, Lígia vive a decepção de um casamento frustrado. Os problemas começam quando Guida tenta salvar a vida de sua irmã, dando a ela uma noite. A sua noite.


Concepção: Seguindo a linha de pesquisa do Grupo Artinçana, novamente desenvolvemos a linguagem não-verbal e a encenação não-realista. Através da construção de imagens e com o emprego do gênero lírico na ação dramática, o texto é colocado com muita força e propriedade. O conflito da peça baseia-se na relação entre as duas irmãs, Guida e Lígia, mas a presença e a interferência do terceiro elemento, Paulo, é essencial para que o embate entre as duas aconteça de maneira mais forte e perigosa. O personagem Paulo, tão enigmático e lírico em nossa criação, é o ponto alto de toda a concepção não-realista do espetáculo e tem também grande importância no desfecho dessa instigante história, onde o desejo domina a todos.



Inspirado na obra de Nelson Rodrigues
Elenco:Carla Marco e Lívia Lunardi
Ator convidado:Vanderson Caires
Adaptação, produção e direção:Grupo Artinçana
Apoio e operação de luz/som:Anderson Oliveira e Augusto Alencar


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quer

Eu quero
Tu queres
Ele quer
Nós queremos
Vós quereis
Eles querem

Mas quem consegue?
Quem vai conseguir?


A dúvida.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Arte - Por isso é básico

Poema trabalhado na aula de "Estética do Espetáculo" pela professora Tânia.

A obra te retrata, eterniza e angustia
Por isso é universal
Porque o artista eterniza em sua obra
o momento crucial do belo que o homem comum vê passar inerte e com angústia.
Parte é salvadora. Salva a nossa percepção do
Belo Transitório
Podemos não decodificar mas nossa alma capta o essencial.
O olho racional é para a filosofia, mas o discurso poético só pede a emoção.

A arte não tem papel serve simplesmente para humanizar
Por isso é básico.

Erótico é tudo que pulsa vida.

Adélia Prado
Maravilhoso. Fiquei encantada em começar as aulas com esse poema.
Entendê-lo e desfiá-lo.
Em nossa obra nos encontramos, está a nossa essência.
A arte registra de forma bela o comum que o homem não vê.
A arte é transformação. Faz pensar.
Todo ser humano é dotado de emoção.
Por mais que nossa bagagem não decodifique a mensagem, o homem é capaz de sentir.
E nada há de mais puro na vida que sentir, e fazer sentir.
A arte não serve pra muita coisa. Ela humaniza.
E por isso é essencial, básico.
Erótico é tudo que pulsa vida.
Sim... quero arte!
Respirá-la, dançar com ela.
Me modificar e modificar o outro.
Ser a transformação ambulante em busca de perguntas. Respostas.
A fragilidade humana.
O essencial, o básico. O humano.
Que ela me tome e faça de mim o que quiser.
Sou dela, vivo pra ela e por ela.
Ah... arte, existiria mundo sem você?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O andar

Era domingo.
Ensolarado e seco.
Eram 8 horas da manhã.
Silêncio e falta de movimento.

A rua estava deserta, calma.
Domingueira.

Nem os pássaros faziam muito barulho.
Algumas latas de bebida no chão.
Todas as portas da rua se mantinham fechadas, trancadas.
Sonolentas.

Ouve então um barulho curto e normal do cotidiano, mas que tomou uma proporção quase escandalosa naquele deserto domingo matinal.
Uma das portas se abriu.

Até o próprio rapaz pareceu se assustar com o barulho da porta, se abrindo naquela rua tão silenciosa.
A chave rodava para trancar a porta, e o metal brincava de sussurrar segredos pra dentro da casa, foi o que o rapaz pensou.

Olhou com uma expressão quase indefinível para a rua, e começou a caminhar.
Era agradável caminhar na rua sozinho. Domingueira santa.
Gostou de perceber o barulho que seus passos faziam na rua, o que nunca notara antes em meio a tantas multidões.

O rapaz, cabelos úmidos. De quem acabara de tomar banho.
Olhar sereno, semblante simples.
Roupas, calmas, e uma grande mochila nas costas.

Ele escuta novos passos, que vinham do final da rua.
Percebeu a nítida diferença entre o ruído de seus próprios passos e do outro ser.
Embora achava que reconhecia aquele peso nas passadas.
Ele já sabia de quem se tratava.

Um outro rapaz toma a rua em sua direção.
O segundo rapaz. Um pouco mais velho que o primeiro.
Um pouco maior, um pouco bonito.
Cheiro, não muito agradável.
Aparência, fortes olheiras.
Roupas, um tanto amassadas e coloridas.

Eles caminham.
E a caminhada parece durar horas.
O som de cada passo é uma tortura.

Passo.
Passo.
Passo.

A respiração não parece frequente.

Passo.
Passo.

Os dedos da mão parecem dormentes.

Passo.

Encontro.
Eles não trocam palavras.

Param um em frente ao outro e simplesmente se olham.
O momento foi breve, mas para os dois durou uma eternidade.

Afinal, começo de domingo é começo de domingo.
Domingueira insistente.

Nada foi dito.
Tudo foi explicado.
O olhar.
Rapazes.

E os dois voltaram a caminhar.
O segundo rapaz colocou a chave na porta cujo primeiro rapaz havia saído.

Um estranho desconforto no lado esquerdo do peito tomou conta dos dois.

(obs: continuação??? )

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Lista da Normalidade

1- É normal qualquer coisa que nos faça esquecer quem somos e o que desejamos, de modo que possamos trabalhar para produzir, reproduzir e ganhar dinheiro.

2- Ter regras para uma guerra.

3- Gastar anos fazendo uma universidade, para depois não conseguir trabalho.

4-Trabalhar de nove de manhã ás cinco da tarde em algo que não dá o menos prazer, desde que em trinta anos a pessoa consiga aposentar-se.

5- Aposentar-se, descobrir que já não tem mais energia para desfrutar a vida, e morrer em poucos anos, de tédio.

6- Usar botox.

7- Entender que o poder é muito mais importante que o dinheiro, e o dinheiro é muito mais importante que a felicidade.

8- Ridicularizar quem busca a felicidade em vez do dinheiro, chamando-o de "pessoa sem ambição".

9- Comparar objetos como carros, casas, roupas, e definir a vida em função destas comparações, em vez de tentar realmente saber a verdadeira razão de estar vivo.

10- Não conversar com estranhos. Falar mal do vizinho.

11- Sempre achar que os pais estão certos.

12- Casar, ter filhos, continuar juntos mesmo que o amor tenha acabado, alegando que é para o bem da criança (que parece não estar assistindo as constantes brigas).

12a- Criticar todo mundo que tenta ser diferente.

14- Acordar com um despertador histérico ao lado da cama.

15- Acreditar em absolutamente tudo que está impresso.

16- Usar um pedaço de pano colorido amarrado no pescoço, sem qualquer função aparente, mas que atende ao pomposo nome de "gravata".

17- Nunca ser direto nas perguntas, mesmo que a outra pessoa entenda o que está querendo saber.

18- Manter um sorriso nos lábios quando se está morrendo de vontade de chorar. E ter piedade de todos os que demonstram seus próprios sentimentos.

19- Achar que arte vale uma fortuna, ou não vale absolutamente nada.

20- Sempre desprezar aquilo que não foi difícil de conseguir, porque não houve o "sacrifício necessário", e portanto não deve ter as qualidades requeridas.

21- Seguir a moda, mesmo que tudo pareça ridículo e desconfortável.

22- Estar convencido de que toda pessoa famosa tem toneladas de dinheiro acumulado.

23- Investir muito na beleza exterior, e se preocupar pouco com a beleza interior.

24- Usar todos os meios possíveis para mostrar que, embora seja uma pessoa normal, está infinitamente acima dos outros seres humanos.

25-Em um meio de transporte público, jamais olhar diretamente nos olhos de uma pessoa, caso contrário isso pode ser interpretado como um sinal de sedução.

26- Quando entrar no elevador, manter o corpo voltado para a porta de saída, e fingir que é a única pessoa lá dentro, por mais lotado que esteja.

27- Jamais rir alto em um restaurante, por melhor que seja a história.

28- No hemisfério norte, usar sempre a roupa combinando com a estação do ano; braços de fora na primavera (por mais frio que esteja) e casaco de lã no outono (por mais quente que esteja).

29- No hemisfério sul, encher a árvore de natal de algodão, mesmo que o inverno nada tenha a ver com o nascimento de Cristo.

30- À medida que for ficando mais velho, achar-se dono de toda a sabedoria do mundo, embora nem sempre tenha vivido o suficiente para saber o que está errado.

31- Ir a um chá de caridade e achar que com isso já colaborou o suficiente para acabar com as desigualdades sociais do mundo.

32- Comer três vezes ao dia, mesmo sem fome.

33- Acreditar que os outros sempre são melhores em tudo: são mais bonitos, mais capazes, mais ricos, mais inteligentes. É muito arriscado aventurar-se além dos próprios limites, melhor não fazer nada.

34- Usar o carro como uma arma e uma armadura invisível.

35- Dizer impropérios no trânsito.

36- Achar que tudo que seu filho faz de errado é culpa das companhias que ele escolheu.

37- Casar-se com a primeira pessoa que lhe oferecer uma posição social. O amor pode esperar.

38- Dizer sempre "eu tentei", mesmo que não tenha tentado absolutamente nada.

39- Deixar para viver as coisas mais interessantes da vida quando já não tiver mais forças para tal.

40- Evitar a depressão com doses diárias e maciças de programas de TV.

41- Acreditar que é possível estar seguro de tudo o que conquistou.

42- Achar que mulheres não gostam de futebol, e que homens não gostam de decoração e cozinha.

43- Culpar o governo por tudo de ruim que acontece.

44- Estar convencido de que ser uma pessoa boa , decente, respeitosa significa que os outros vão pensar que é fraca, vulnerável, e facilmente manipulável.

45- Estar igualmente convencido de que a agressividade e a descortesia no trato com os outros são sinônimos de uma personalidade poderosa.

46- Ter medo de fibroscopia (homens) e parto (mulheres).

Lista tirada do livro "O vencedor está só", de Paulo Coelho.

- Como somos mesquinhos, cegos e pobres.

sábado, 25 de julho de 2009

Ganhei! Selo Glamour

Que lindo! *-*

Ganhei um selo da Glória do blog "Ideais e alucionações".

Agora as regras:
1. Deve exibir o selinho em seu blog
2. Postar o link do blog que te indicou
3. Listar 5 desejos de consumo que te deixariam mais glamurosa
4. Indicar 10 amigas glamurosas e avisá-las que foram escolhidas
(indicarei 5 e já tá bom! queria indicar rapazes, mas acho que não pega muito bem... rs)



Blog que me indicou:
Ideais e alucinações

5 desejos de consumo:

  • Ter minha própria companhia de teatro (com grana, teatro próprio, e tudo mais)
  • Ter um apartamento em São Paulo
  • Meu famoso carro verde limão
  • Publicar um livro
  • Ser dirigida pelo Zé Celso (rsrsrs)

Meus blogs indicados:

Pequenos Deleites

Blog da Patrícia Andréa

Leituras Urbanas

Pensamentos Soltos ao Vento

Avassaladoras Rio

Indicando estes blogs femininos, descobri que leio muito mais blogs de homens do que de mulheres. Estranho. Serão os homens melhores escritores que as mulheres segundo Lívia Lunardi?

=/

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Menos um sentido

É um caminho que se percorre as cegas.
Não sei aonde ele irá me levar.
Posso chegar no tudo, ou no nada. É um risco.

Já teve essa sensação?
Já experimentou caminhar com os olhos vendados?
Experimento essa sensação constantemente.

E não há saída.
A gente não pode fazer nada.
Apenas continuar a caminhada.

E você caminha porque tem fé.
Fé e realmente muita vontade de chegar lá.
E Voar.

Enquanto isso basta aproveitar todos os momentos e obstáculos que esse caminho coloca na sua frente.
Encarando todos com coragem, e voltando a andar.
Você não enxerga, mas é capaz de sentir.

Sem nenhuma certeza, só com a sensação.
Você continua e se deixa levar.
Porque você sabe, que no final...

Medo? Claro que sim! E muito!
Mas a graça é encarar esse medo com coragem.
E deixar que a coragem fale por você.

Esse caminho é o seu grande desafio.
E vivê-lo não passa de uma grande aventura.
Afinal, o show deve continuar.



Evoé Baco!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Me mate, por favor...

Tem horas que eu fico com muita raiva dessas coisas.
Acabo de ver no site da Uol essa notícia:


Sim... Ratinho Ator!
¬¬
Eu como estudante de Artes Cênicas fico inconformada.
Dedico a minha vida a estudar, me aperfeiçoar e estar pronta pra me desdobrar dentro da atuação, e de repente entra o Ratinho na novela.
Enquanto a gente sofre pra ganhar alguns trocados com uma arte digna, pessoas como ele que nem sequer gostam disso, quanto mais estão preparados para isso, ganham uma bela fortuna lá na televisão.
Tantos bons atores no mundo, que estudam e levam a sério.
Que fazem da sua vida uma constante aventura só para viver com a sua arte.
Fica a minha revolta.

O QUE ESSE POVO PENSA?
QUE QUALQUER UM PODE SER ATOR?
MEU... ISSO É UM TRABALHO!
É DIGNO!

A GENTE ESTUDA PRA FAZER ISSO!
¬¬

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Lembra?


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Ei, lembra daquela vez que inventamos uma dieta super saudável?
Ei, lembra daquela vez que pulei na cachoeira com o celular no bolso?
Ei, lembra daquela vez que montamos um espetáculo infantil em dois dias?
Mal dormimos e ficamos absurdamente doloridos com as acrobacias...

Ei, lembra daquela vez que eu jurei que só me casaria se fosse com Kurt Cobain?
Ei, lembra daquela vez que planejamos todo o nosso futuro?
Ei, lembra daquela vez que roubamos comida da geladeira e saímos correndo?
Ei, lembra daquela vez que dormimos no chão da rua?
Ei, lembra daquela vez que quebramos o espelho do colégio com bexigas d'água?
Ei, lembra daquela vez que bebíamos vinho todo o dia?
Ei, lembra daquela vez quando fomos ao Duque?
Ei, lembra daquela vez que eu fiquei de ressaca no cinema?
Ei, lembra daquela vez que eu falei que seria minha última ressaca?
E lembra que na outra semana já estava eu de ressaca novamente?
Ânsia e dor de cabeça.

Ei, lembra daquela vez que fingimos ser ricos no trem?
Ei, lembra daquela vez que uma criança arrancou meu nariz de palhaço?

Ei, lembra daquela vez em que perdemos o fôlego?
E lembra o quanto gostamos?

Ei, lembra daquela vez que te contei aqueles segredos?
Ei, lembra da cara que você fez?
Ei, lembra daquela vez que eu fui expulsa de casa?
E lembra de como você me ajudou?

Ei, lembra daquele dia que choveu, mas tomamos chuva juntos?
Ei, lembra daquela vez que dançamos para o trem?
Ei, lembra daquela vez que nos escondemos porque não era permitido?
Ei, lembra daquela vez que eu decidi pular de asa delta e fui mesmo?
Ei, lembra daquela vez que vivenciei o céu e o inferno?
Ei, lembra daquela vez que eu quis ter um carro verde limão?
Ei, lembra daquela vez que eu só lia Nelson Rodrigues?
Lembra daquela outra vez que ficamos com fome naquela fila gigante e compramos caixas e caixas e morango pra comer a tarde toda?

Ei, lembra daquela vez que descobrimos que os homens não prestam?
E lembra que em seguida lembramos o porque precisamos tanto deles?
Ei, lembra quando eu não dormia e nem comia só pra terminar o Harry Potter?

Ei, lembra quando viramos a noite ensaiando?
Ei, lembra quando no meio do espetáculo invertemos a ordem das cenas juntas e botamos a culpa no sonoplasta?
Ei, lembra daquela vez inventei de fazer turismo pra amenizar minha decisão?
Ei, lembra daquela vez que jurei nunca desistir?

Ei, lembra daquela vez que te contei que me pegaram no flagra?
E lembra que fiquei uma semana com vergonha por isso?
Ficava quieta e vermelha por tudo.

Ei, lembra daquela vez em que comemos salgadinho com sorteve?
E lembra que a gente gostou?
Salgado doce.
Ei, lembra daquela vez que pintei minha unha de verde?
Ei, lembra daquela vez que você apareceu lá na platéia?
Ei, lembra daquela vez que você me ligou desesperado as três da manhã e eu fiquei conversando com você até o sol nascer?
E lembra daquela outra vez que você fez o mesmo por mim?
Ei, lembra quando eu só matava aulas?
Ei, lembra daquela vez que só os óculos escuros escondiam minhas olheiras?
E eu parecia uma louca com meu óculos gigante pra cá e pra lá.

Ei, lembra daquela vez que eu acordei sem saber onde eu estava ou o que tinha acontecido?
Ei, lembra daquela vez que eu quase morri quando bebi fanta?
Ei, lembra daquela fez que aprendi uma fórmula de física?
Ei, lembra daquela fez que eu parei de roer as unhas?
E lembra que na semana seguinte estava roendo tudo de novo?
Vício, vício.

Ei, lembra daquela vez que eu tentei salvar um passarinho que caiu no chão, e meu cachorro apareceu e agarrou ele?
Ei, lembra daquela outra vez que eu gritei tanto ensaiando e o vizinho foi chamar a polícia?

Ei, lembra daquela vez que pedimos dinheiro no farol pra comprar vinho e smirnoff?
Ei, lembra daquela vez que eu estava sem dinheiro algum e vivi as custas dos amigos?
Lembra daquela outra vez que eu fiz dívidas com todo mundo?
Ei, lembra daquela vez que eu dormi no ônibus e fui parar numa rua deserta junto com um mendigo?
Um cara muito legal.

Ei, lembra daquela vez que o meu coração bateu?
Bateu.
Bateu.

Viveu.

Hey, remember that time when we decided to kiss anywhere except the mouth?