"Um caminho que se percorre não com pernas, mas com coração. E onde o único desafio que vale, é percorrê-lo por inteiro."


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sentada. Abstrata. Calada.



Hoje a Catedral da Sé estava vazia.
Parecia coisa de filme.
Ao fundo o som do órgão, tocando divinamente. Cinematograficamente.

Por um momento eu sentei ao fundo.
E respirei.

Óculos escuros na face.
Respirei e esperei.
Simplesmente esperei.
Não sei bem o quê, mas esperei.
Respirei.

Ficar um pouco só. O som do órgão me faz bem.
Observar pessoas.
Arquitetura, arte e religião.
Crença e imaginação.
Um segundo de indignação.

Nada.
Apenas abstração.

Pensei.
Pensei em várias coisas.
Pensei no vazio.

O que exatamente?

Ah, não há motivos para lhes dizer...




É sempre cheio o vazio da nossa mente.

3 comentários:

Kelly Christi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kelly Christi disse...

no fundo todos possuimos vazios, a gente só os compartilha cada qual ao seu jeito.

bj

Alan Santos disse...

Há muito tempo eu venho praticando o "Pensar Vazio"... Aprendi isto numa época da minha vida com uma antiga professora no colégio... Logo depois as coisas mudaram, um mundo cruel surgia a minha frente, mas eu me fiz preparado, e não perdi alguns dos bons hábitos.

Hoje tenho tido pouco tempo para tal, mas ainda o faço quase que frequentemente naqueles últimos minutos antes de dormir, logo após isto, se não consigo dormir logo, pratico minha auto-hipnose. Nada melhor.

Pensar em nada é muito bom para aumentar o nível de concentração e paz interior, abstrair o mundo seja por meio de sons ou cores, ou até o desligamento total, é sempre muito bom.