Hoje a Catedral da Sé estava vazia.
Parecia coisa de filme.
Ao fundo o som do órgão, tocando divinamente. Cinematograficamente.
Por um momento eu sentei ao fundo.
E respirei.
Óculos escuros na face.
Respirei e esperei.
Simplesmente esperei.
Não sei bem o quê, mas esperei.
Respirei.
Ficar um pouco só. O som do órgão me faz bem.
Observar pessoas.
Arquitetura, arte e religião.
Crença e imaginação.
Um segundo de indignação.
Nada.
Apenas abstração.
Pensei.
Pensei em várias coisas.
Pensei no vazio.
O que exatamente?
Ah, não há motivos para lhes dizer...
É sempre cheio o vazio da nossa mente.
3 comentários:
no fundo todos possuimos vazios, a gente só os compartilha cada qual ao seu jeito.
bj
Há muito tempo eu venho praticando o "Pensar Vazio"... Aprendi isto numa época da minha vida com uma antiga professora no colégio... Logo depois as coisas mudaram, um mundo cruel surgia a minha frente, mas eu me fiz preparado, e não perdi alguns dos bons hábitos.
Hoje tenho tido pouco tempo para tal, mas ainda o faço quase que frequentemente naqueles últimos minutos antes de dormir, logo após isto, se não consigo dormir logo, pratico minha auto-hipnose. Nada melhor.
Pensar em nada é muito bom para aumentar o nível de concentração e paz interior, abstrair o mundo seja por meio de sons ou cores, ou até o desligamento total, é sempre muito bom.
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