Ela abriu os olhos pra lua.
Lábios molhados entreabertos.
Gosto de vinho.
Silêncio.
O silêncio pesado da cidade adormecida.
Muitas estrelas e algumas nuvens.
Noite quente.
Muitas lembranças.
Talvez até demais.
A cabeça um pouco leve, um pouco tonta.
Meio pesada.
Sempre o cheiro do vinho.
Cansou-se de grande promessas.
Libertou-se de falsidades.
Quebrou barreiras.
Também quebrou espelhos, janelas e portas.
Construiu raízes móveis.
Assim como críticas, valores e múltiplas personalidades.
E um único caráter.
Terminou a taça de vinho em um único gole.
Deixando o cheiro doce no ar, e o gosto nos lábios.
Sempre o cheio do vinho.
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