Donzela

Petálas amarelas

Tal como donzelas

Afinal,

Porque o prazer do confortável é tão condenável?

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O toque do sabonete cheiroso

O quanto é amoroso

Mesmo porque,

não há nada mais performático do que o enigmático.

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Paralamas toca no meu som

Meu ouvido é um grande dom

Naquele dia

Ou naquela tarde, nada mais que vaidade.

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O espelho encanta enquanto a música embala

Esmaltes espalhados pela sala

Da janela,

Um raio quente entra, mas já faz um tempo que não venta.

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A gente pode acreditar na beleza

Desde que não vença

Agora,

um samba a tocar, dá até pra sentir no paladar.

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Menininha mimada na cama de molas

Princesinha todo dia e a toda hora... Bolas!

Um sorrisinho,

Sorriso no canto direito. Dá até um medo.

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A garotinha da risada e deita na cama roxa.

Pega o computador e liga o som alto... Poxa!

Mas faltou um coisa,

Vai pra janela e olha o sol cair...

Ai que delícia! Enfim... Nunca mais partir...

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Ou então, partiremos no dia seguinte que eu já tenho mais de vinte!

Levar as compras na mala de rodinhas.

Algumas calcinhas vão ter que ficar, coitadinhas!

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Mas não importa,

O conforto é garantido

De fato o colo é prometido

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Mas e o futuro menina? Decidido?

Nem um pouco... Totalmente aborrecido.

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Incerto, corrido, fugaz ou cativante...

Tudo aqui é tão acelerante!

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Acometido ou transcedido...

Já não tão desmedido.

Nada mais que o entendido.

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