Um quarto colorido ela enfeitou com muitos pisca piscas.
Recortes de revistas, fotos e cor.
Finalmente, a fase das paredes brancas já passou.
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A incerteza ficou.
Ficou de repente quenem a brisa da janela.
Cicatriz deixou.
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Tudo bem, não tem problema.
Um sorriso de gratidão sua boca formou.
E a quase-certeza de que tudo à de vir, enfrentar e reagir.
Deixa passar. Não mobilizou.
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Mobilizar as esperanças não é mais possível.
Todo obstáculo é flexível.
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Tudo ficou e tudo mudou.
Restam na casa lembranças de um verão de outrora insensível.
Antigas bolinhas de natal, degraus e gavetas.
Tudo bem. Não faz mal.
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Hoje ela montou uma árvore de natal.
A árvore que sempre quis e nunca conseguiu.
Não ficou tão bonita quanto antes, meio feia e torta. Desiquilibrada.
Mas enfim, autêntica, verdadeira, junção da hora.
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Ai estrelinhas.
Tanta coisa pra falar.
Vidas inteiras pra contar.
Cuida da gente lá de cima.
Brilha e ilumina, como as novas luzes do quarto dela.
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Esperanças de novos sonhos, obstáculos não vão encontrar.
E todo desafio ou problema, vão ter de esperar!
Pois a hora é agora e não tem jeito.
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Adeus, vou embora, façam bom proveito.
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