Hoje a Catedral da Sé estava vazia.
Parecia coisa de filme.
Ao fundo o som do órgão, tocando divinamente. Cinematograficamente.
Por um momento eu sentei ao fundo.
E respirei.
Óculos escuros na face.
Respirei e esperei.
Simplesmente esperei.
Não sei bem o quê, mas esperei.
Respirei.
Ficar um pouco só. O som do órgão me faz bem.
Observar pessoas.
Arquitetura, arte e religião.
Crença e imaginação.
Um segundo de indignação.
Nada.
Apenas abstração.
Pensei.
Pensei em várias coisas.
Pensei no vazio.
O que exatamente?
Ah, não há motivos para lhes dizer...
É sempre cheio o vazio da nossa mente.