Era uma vez um porão... com um monte de tranqueira. Tudo empoeirado e esquecido. Decidi olhar, e achei um cartaz bem grande enrrolado, que era esse quadro aí em cima.
Foi imediato. Me apaixonei. A pintura linda... os detalhes...
Um quadro misterioso. O rosto dela que não aparece, fica só sugerindo coisas... O que ela viveu? Quem é ela?? Está feliz? Alegre? Triste?
Quais são seus segredos? Está chorando? Relembrando de um passado? De um alguém?
Estava nua? Estava com alguém? É uma prostituta?
No mesmo dia colei o quadro na parede do meu quarto. Adoro ficar olhando pra ele... Imaginando, viajando... Sentindo.
Fiquei curiosíssima! Afinal, queria saber quem foi o grande pintor, o grande artista que fez este quadro!
Mas não tinha assinatura. Nada escrito. Fiquei triste.
Até que um dia, peguei minha agenda para marcar um compromisso, e foi lá! Dei de cara com o quadro no dia da agenda que eu estava escrevendo!
Achei! Hum... Então foi um tal de Toulouse-Lautrec que o pintou. Pesquisei. E olha! Quantos outros quadros belíssimos! Todos do mesmo estilo. Misteriosos e instigantes.
Arte.
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''Prostitutas, cabarés e cervejarias estão inevitavelmente associados ao nome de Henri de Toulouse-Lautrec
. ''Em todo o lugar, Lautrec desnudava um instante verdadeiro, representava o abandono, fixava as misérias. O poder expressivo do seu traço remetia diretamente à interpretação psicológica dos modelos que ele surpreendia e revelava. Mas nem sempre a crítica foi benevolente com Lautrec. Ao contrário, alguns o acusaram de ser um “ser bizarro e contrafeito”, de “chafurdar na degradação” dos botecos ou, mais freqüentemente, de representar “o vício que deforma os rostos, embrutece as fisionomias e faz subir à face as feiúras da alma”.
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